O deputado estadual Marcelo Freixo ao lado dos filhos da mãe de santo Beatriz. (Foto: Divulgação)
O deputado Marcelo Freixo abriu a Assembleia Legislativa do RJ para homenagear representantes do candomblé.
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) abriu o plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em 7 de junho para homenagear, Beatriz Moreira Costa, conhecida como Mãe Beata de Iemanjá.
Durante a sessão solene, Freixo realizou a entrega da Medalha Tiradentes — a mais alta condecoração concedida pela Alerj — aos filhos da mãe de santo, que faleceu aos 86 anos no dia 27 de maio.
Na ocasião, um dos filhos da homenageada, Aderbal Moreira Costa, invocou diversas entidades do candomblé e fez um discurso contra igrejas e ideologias políticas.
“Que essa Casa não permita mais que as igrejas se apossem do estado”, disse ele, seguido por aplausos de representantes da religião e parlamentares como os deputados Flávio Serafini (PSol), Gilberto Palmares (PT), Eliomar Coelho (PSol) e Luiz Paulo (PSDB).
“Que essa Casa não permita mais o crime de racismo religioso, não permita mais o genocídio do povo negro, não permita que essa família Bolsonaro tome conta do estado e continue a cometer crimes contra a humanidade”, Aderbal acrescentou.
Além de dirigir um terreiro em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Mãe Beata era presidente da Ong Criola, integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher – CEDIM e da Ong Viva Rio.
De acordo com Freixo, a cerimônia realizada na Alerj foi um dos momentos mais especiais vivenciados por ele. “A Mãe Beata é uma figura de resistência. Além de simbolizar uma fé perseguida historicamente, ela representa a esperança, pois lutou contra o racismo, a homofobia e o machismo. Esse foi o dia mais bonito que já presenciei no Parlamento”, afirmou o deputado.
O cenário da perseguição religiosa
Enquanto os representantes das religiões de matriz africana insistem em dizer que são alvo de perseguição religiosa no Brasil, que é regido por um sistema laico, o número de perseguição contra cristãos cresce em todo o mundo.
Mais de 215 milhões de pessoas são atacadas por sua fé cristã, segundo um levantamento feito pela organização Portas Abertas em 2016. Dentre os cristãos que vivem nos 50 países que registram os piores índices de perseguição, 30% sofrem ataques de alta e extrema gravidade.
Guiame
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