Sonda americana terá colisão a 22.500 km/h, observada por sonda europeia. Ideia é estudar objeto e testar técnica que salvaria Terra de eventual impacto.
Se astrônomos descobrirem um grande asteroide em rota de colisão com a Terra, seria possível fazer algo para detê-lo?
Cientistas da Nasa e da ESA, agências espaciais americana e europeia, revelaram ontem detalhes de como deve ser uma missão conjunta para tentar responder a essa pergunta. A ideia é tentar desviar um asteroide de verdade como teste.
O alvo da missão já foi escolhido. É um sistema binário composto de um asteroide maior, Didymos, de 750 metros de comprimento e outro que o orbita, Didymoon, com 160 metros.
A ideia é que os americanos enviem uma sonda-projétil para colidir com Didymoon, enquanto os europeus operariam uma sonda-observadora no local para registrar e estudar os efeitos impacto.
O plano geral da missão, batizada de Aida (Avaliação de Impacto e Desvio de Asteroide), foi revelado nesta quarta-feira (30) no Congresso Europeu de Ciência Planetária.
A ideia é que as sondas sejam lançadas em 2020 e 2021 e cheguem a seu alvo em 2022. A estimativa de orçamento do projeto ainda não foi anunciada.
A sonda europeia, batizada de AIM (Missão de Impacto de Asteroide), vai usar instrumentos para mapear e estudar Didymos, além de lançar pequenos satélites e um módulo de aterrissagem no asteroide grande.
A sonda americana, Dart (sigla para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo), colidiria com Didymoon em 2022. O choque da sonda de 300 kg a 22.500 mil km/h teria força suficiente para perfurar o asteroide e se alojar em seu núcleo.
A ideia é entender a composição do astro e avaliar se a sonda é capaz de alterar sua órbita de maneira significativa.
A Aida, além disso, será a primeira missão a estudar um asteroide binário de perto, e vai testar novos sistemas de comunicação interplanetária via laser.
g1
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