Cristãos participam do evento interdenominacional "America For Jesus 2012" (Foto: JOSEPH KACZMAREK / ASSOCIATED PRESS PHOTOS)
A pesquisa do Grupo Barna descobriu que muitos cristãos norte-americanos acreditam ser mal interpretados, perseguidos e marginalizados. No entanto, ao mesmo tempo, a maioria acredita que sua fé não é apenas fundamental, mas também "uma força para o bem no mundo de hoje".
Apesar de viver em uma era de sentimentos anti-religiosos e laicismo, os cristãos norte-americanos ainda estão bem seguros sobre seu lugar na sociedade, de acordo com nova pesquisa do Grupo Barna.
Na pesquisa para o novo livro "Good Faith" ("Boa Fé"), de David Kinnaman, o instituto Barna analisou como as pessoas de fé estão sentindo na cultura de hoje.
A pesquisa descobriu que muitos acreditam que são mal interpretados, perseguidos e marginalizados. No entanto, ao mesmo tempo, a maioria acredita que sua fé não é apenas fundamental, mas também "uma força para o bem no mundo de hoje".
A pesquisa envolveu o segmento mais amplo de cristãos praticantes, incluindo católicos, evangélicos, e frequentadores da linha principal da igreja. 54% dizem que se sentem mal compreendidos quando se trata de viver a sua fé no mundo de hoje, enquanto 52% dizem que se sentem perseguidos.
O relatório sobre as pessoas de fé também descobriu que 44% dos entrevistados se sentem marginalizados; 38% se sentem silenciados, 31% têm medo de falar abertamente sobre sua fé e 23% têm medo de parecer estúpidos.
Propósito
No entanto, de acordo com o relatório, a maioria dos cristãos ainda acredita que sua fé ainda pode ser usada como "uma força para o bem", tendo "uma contribuição positiva para a sociedade."
Quase todos os evangélicos (98%) acreditam que podem usar sua fé como uma força para o bem, e mais que nove em cada 10 (93%) "acreditam que têm um importante papel na sociedade".
Os evangélicos também sentem que sua fé é distintiva a uma taxa muito mais elevada que a média dos outros grupos pesquisados (86% contra 60% entre toda as outras pessoas de fé entrevistas).
Assim, embora os evangélicos pareçam confiantes sobre sua fé e seu potencial como uma força para o bem no mundo, eles ainda se sentem mais marginalizados (com menos poderes, ou aceitação) que qualquer outro grupo. Ao que tudo indica, os evangélicos são mais propensos do que qualquer outro segmento de fé para perceber que estão perdendo capital cultural.
Interpretação
Analisando os resultados da pesquisa, o autor cristão e presidente do Grupo Barna, David Kinnaman destacou que os "cristãos estão sentindo uma significativa pressão da sociedade.
"Há um senso comum de que a maré cultural está se voltando contra a convicção religiosa, e as pessoas de fé estão começando a sentir os efeitos desse antagonismo crescendo de maneira tangível", destacou.
Apesar de reconhecer que os cristãos estão se sentindo pressionados pelo mundo, o escritor expressou sua satisfação em saber que a maioria deles não desanimou e ainda está ciente de seu propósito.
"É encorajador ver como muitos cristãos ainda se sentem otimista sobre o papel positivo que sua fé pode desempenhar na sociedade de hoje", continua Kinnaman. "Portanto, faz sentido que os cristãos sintam-se frustrados quando percebem que estão sendo marginalizados, mesmo possuindo algo que eles sentem é tão bom para o mundo".
O estudo em que se baseiam tais resultados foi realizado através de pesquisas on-line, no período de 17 agosto a 21 agosto de 2015. Foram entrevistadas no total, 1.000 pessoas. A margem de erro da amostra é de mais ou menos 3,0 pontos percentuais no nível de confiança de 95%.
Brasil
Recentemente, uma pesquisada realizada pelo 'Pew Research Center' fez um breve esboço do cristianismo em alguns países, como Brasil, Estados Unidos e México.
No Brasil, o catolicismo ainda é a religião predominante e configura a maior população católica do mundo. No entanto, as estatísticas mostram o número de evangélicos no país saltou de 26,2 milhões em 2000 para 42 milhões em 2010.
Gospelprime
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