Atentado deixou 60 mortos e mais de 300 feridos
Neste domingo de Páscoa, membros da pequena comunidade cristã do Paquistão celebravam em família a ressurreição de Jesus na capital Lahore no início da noite.
Um atentado terrorista islâmico, contudo, ocorreu perto do carrossel infantil no parque Gulshan-e-Iqbal. Segundo o chefe de polícia Haider Ashraf, um homem-bomba se explodiu, deixando cerca de 60 mortos e mais de 300 feridos. A maior parte das vítimas são mulheres e crianças.
Segundo as autoridades, a Jamaat-ul-Ahrar, dissidente do grupo radical islâmico Talibã, assumiu a responsabilidade pelo ataque. A Associated Press divulgou um comunicado de Ahsanullah Ahsan, porta-voz dos terroristas. “Reivindicamos a responsabilidade do ataque contra os cristãos que estavam no local celebrando a Páscoa… Nossos homens-bomba continuarão esses ataques!”.
Nasreen Bibi, mãe de uma criança de dois anos ferida na explosão, estava desesperada: “Estávamos aqui apenas tentando ter uma noite agradável e desfrutar do clima. Que tipo de pessoas têm como alvo crianças pequenas brincado em um parque?”, desabafou.
“Quando aconteceu a explosão, as chamas eram tão altas que chegavam ao topo das árvores. Vi corpos voando no ar”, afirmou Hasan Imran, 30, que caminhava no parque na hora do atentado.
Assim que foi noticiado o ataque, as principais áreas comerciais e os parques da cidade foram fechadas. O domingo é um dia normal na vida da população do país onde mais de 90% da população é de muçulmanos. Seu dia santo é a sexta-feira.
“Muitos dos que foram feridos estão em estado grave. Tememos que o número de mortes aumente de forma considerável”, lamentou Salman Rafique, conselheiro de saúde do governo local.
O ministro-chefe da província, Shahbaz Sharif, anunciou que será observado três dias de luto. Também prometeu que os responsáveis serão levados à Justiça.
Com uma população de 190 milhões de habitantes, o Paquistão tem visto um aumento da intolerância religiosa, principalmente por cauda do grupo radical islâmico Talibã. A maioria dos seus soldados se espalharam pelo país nos últimos anos, fugindo das tropas americanas que invadiram o vizinho Afeganistão, onde eles dominavam.
Com informações de Daily Mail
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