Pastor preso na Coreia do Norte recebe apoio de embaixador sueco

O pastor Hyeon Soo Lim lidera uma igreja Presbiteriana no Canadá
e foi condenado à prisão perpétua na Coreia do Norte. O embaixador
sueco pede a libertação do prisioneiro cristão
Um alto funcionário norte-coreano falou esta semana ao embaixador sueco sobre um pastor canadense que está preso na Coreia do Norte e condenado à prisão perpétua com trabalho duro, segundo a agência de notícias oficial do governo comunista.

Um oficial do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte recebeu o embaixador sueco na última quinta-feira para conversar sobre o acesso consular do Rev. Hyeon Soo Lim, pastor canadense de 60 anos, nascido na Coreia do Sul e preso e condenado à prisão perpétua por um tribunal norte-coreano em dezembro de 2015. As informações são da Agência Central Coreana de Notícias, de acordo com a Associated Press.

O embaixador sueco também levantou a questão dos assuntos consulares para pelo menos dois prisioneiros americanos, acusados de supostas atividades de espionagem, subversão e outras atividades anti-estatais, acrescentando que o funcionário de Pyongyang disse que a Coreia do Norte trataria dessas questões como uma lei de guerra. O funcionário não explicou o que é essa lei.

A família de Lim agradeceu ao embaixador sueco pelos esforços.

"Nós gostaríamos de estender nosso agradecimento particular aos oficiais suecos por seu apoio e trabalho constante em ajudar nosso governo em nome de nossa família", disse a família, de acordo com a imprensa canadense. "Esperamos vê-lo em casa em breve".

Lim é o pastor da Igreja Presbiteriana Coreana Luz, em Mississauga, Ontário (Canadá). Embora ele estivesse visitando a Coreia do Norte com um objetivo humanitário, promotores públicos o acusaram de usar a "falsa pretensão" de ajuda humanitária para entrar na no país e usar a religião para tentar derrubar o regime do ditador Kim Jong-Un.

Em janeiro deste ano, mais de 125 mil pessoas assinaram uma petição online pedindo a liberação de Lim. A petição enviada para o site de advocacia 'change.org' convocou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau e o ministro canadense de Relações Exteriores, Stephane Dion a exigirem a libertação do Rev. Lim.

Também em janeiro, Will Ripley da CNN conseguiu entrevistar Lim na Coreia do Norte. O pastor disse que ele estava recebendo refeições regulares e tratamento médico na prisão.

"Lim foi mantido em um campo de trabalho forçado. Ele parece ser o único preso. Ele não teve nenhum contato com outros prisioneiros. Lim trabalha oito horas por dia, seis dias por semana, com pausas, cavando buracos para o plantio de macieiras no pomar da prisão", disse a CNN. "Há sempre dois guardas vigiando ele, ele está cumprindo pena de prisão perpétua, não tem contato com o mundo exterior".

Em dezembro, cerca de 1.000 pessoas realizaram uma vigília de oração na Igreja Presbiteriana da Luz, clamado pela libertação do pastor atualmente preso na Coreia do Norte.

De acordo com a Missão Portas Abertas, há cerca 50.000 a 70.000 cristãos sofrendo em campos de trabalho na Coreia do Norte.



Fonte: GuiaMe

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