Segundo ele, é proibido fazer apologia a ideologia de gênero para crianças
Um vídeo postado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) causou polêmica nas redes sociais e tomou proporções além do mundo digital. No dia 11 de outubro foi ao ar, no canal da universidade no YouTube, um vídeo em homenagem ao Dia das Crianças chamado “Na hora do lanche”, nele a Drag Queen Femmenino (Nino de Barros), entrevista algumas crianças do Colégio de Aplicação João XVIII.
Em certo momento do vídeo Femmenino diz às crianças que não existem coisas de menino e coisas de menina. A frase gerou revolta nas redes sociais, ao ponto do Conselho Tutelar de Juiz de Fora denunciar o vídeo ao Ministério Público da cidade.
Abraão Fernandes, representante do conselho tutelar da cidade e autor da denuncia, alega que o vídeo contraria uma lei municipal e fere o direito da criança e adolescente. Segundo Abraão, o incentivo a ideologia de gênero é proibido em Juiz de Fora.
“A nova lei votada e aprovada na nossa câmera de Vereadores, restringe a diversidade apenas entre o comprometimento físico e mental, portanto não se pode falar de gênero em nenhuma escola da nossa cidade”, comenta Abraão
O representante aponta ainda que os artigos 4 e 22 do Eca são feridos quando Femmenino orienta as crianças a brincarem com o que quiserem. De acordo com os textos da lei, cabe aos pais e não ao Estado a educação da criança devendo ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas.
Por sua vez, Nino de Barros não acredita ter ofendido as crianças e que a postura das pessoas em relação ao vídeo, sim é ofensiva.
“A minha geração e a passada cresceu com menina brincando de boneca e casinha e os meninos de carrinho e super-herói. Ela vai crescer e virar uma mulher que não vão acreditar que tem super poderes e que vai ter cuidar da casa e dos filhos. Eu digo: não! O homem, a mulher as crianças tem o poder de escolher o que quiserem”, declara o artista.
A UFJF disse, em nota, que o C.A. João XVIII desenvolve, em seu projeto pedagógico, atividades para garantir ao aluno autonomia dentro de uma sociedade justa e democrática.
Com informações G1
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