Uma comitiva de senadores brasileiros está ilhada na Venezuela. Eles viajaram à Caracas para encontrar com opositores ao governo de Nicolás Maduro e foram hostilizados.
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foram pressionados por parlamentares, principalmente do PSDB, para tomarem uma atitude.
Cunha ligou para o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira para saber o que tinha ocorrido. De acordo com o presidente da Casa, o ministrou contou que, ao chegar na Venezuela, a comitiva seguiu para uma penitenciária, a qual os integrantes do grupo encontrariam presos políticos, mas, no caminho, militantes tentaram agredir o ônibus.
Segundo Cunha, o ministro disse que o episódio provoca uma tensão e a delegação decidiu retornar ao aeroporto e ao Brasil, com proteção policial aumentada.
De acordo com a Folha de S.Paulo, partidários do governo vestidos de vermelho batiam no veículo gritando “Chavez não morreu, se multiplicou”.
Em nota, Calheiros condenou a ação dos ativistas pró-Maduro. "O presidente do Congresso Nacional repudia e abomina os acontecimentos narrados e vai cobrar uma reação altiva do governo brasileiro quanto aos gestos de intolerância narrados.
As democracias verdadeiras não admitem conviver com manifestações incivilizadas medievais. Eles precisam ser combatidos energicamente para que não se reproduzam”, ressalta.
Para o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) é preciso uma uma posição firme do governo brasileiro condenando essas atitudes. “Vão tentar atacá-los novamente quando chegarem ao presídio”, disse.
O grupo é composto pelos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço (PMDB-SC), José Medeiros (PPS-MT) e Sérgio Petecão (PSD-AC).
Caiado relatou o episódio no Twitter:
Acabei de falar com o presidente Renan. Já entrou em contato com o nosso chanceler Mauro e vai cobrar uma posição da presidente Dilma.
O embaixador do Brasil na Venezuela nos recebeu no aeroporto e foi embora. Agora estamos sendo agredidos e não tem representante do governo
Não conseguimos sair do aeroporto. Sitiaram o nosso ônibus, bateram, tentaram quebrá-lo. Estou tentando contato com o presidente Renan.
Agora estamos a caminho de Ramo Verde, onde está Leopoldo López, há mais de 20 dias em greve de fome por sua prisão arbitrária.
Brasil Post
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