"João Paulo II esclareceu o seu conceito
de purgatório..."
"Nem o inferno é uma «fornalha» nem o céu um «um lugar», afirmou o Papa.
O céu e o inferno não são lugares físicos e reais, afirmou João Paulo II.
«O céu não é o paraíso nas nuvens nem o inferno é a terradora fornalha.
O primeiro, é uma situação em que existe comunhão com Deus e o segundo é uma situação de rejeição» O purgatório, contudo, não é um mero estado de espírito, como o são o céu e o inferno, mas uma condição de vida - «aqueles que, depois da morte, vivem nesse estado de purificação, já estão imersos no amor de Cristo, que lhes tira todos os resíduos de imperfeição» (Correio da Manhã de 29.7.99, de 6-8-99, Jornal de Notícias de 5-8-99)
Estas afirmações do papa João Paulo II fazem parte de um conjunto de asserções sobre a vida futura que acabaram pela publicação de um manual de «guia para o céu» que inclui alguns ensinamentos sobre indulgências constantes de um édito papal de 1998, sobre que boas ações têm que fazer os católicos para as ganhar durante o ano 2000, que o papa proclamou como «Ano Santo» (Jornal Público, de 19.9.99).
Para o papa católico, a condenação eterna não é obra de Deus, mas apenas o resultado das nossas ações atuais. Focalizando o destino eterno da alma nas boas ou más obras presentes ou de súplica futura, reduz a questão da eternidade a um mero estado de espírito ou condição de vida, negando a existência real e física dos lugares do céu e inferno.
Vejamos o que a Bíblia diz sobre este assunto.
O Céu
O Senhor Jesus prometeu àqueles que O recebam a preparação de um lugar «na casa do Pai», na qual havia muitas moradas (João 14:1). É nesse lugar que se encontra o trono de Deus (Isa. 66:1), sendo daí que o Senhor estende a Sua soberania, faz conhecer o Seu poder, a Sua glória e a Sua sabedoria.
O céu é um lugar eterno (2Co. 5:1, Salmo 45:6; 145:13), um alto e santo lugar (Isa. 57:15), onde se manifesta a paz, onde não pode entrar choro, tristeza ou dor (Apoc. 7:16,17).
Como tal, não é simbólico ou um mero estado de espírito. Foi para esse lugar que Enoque e Elias foram elevados, assim como foi para esse lugar que o Senhor Jesus ascendeu (Atos 1:11). O Senhor Jesus não ascendeu para um mero estado de espírito ou para uma vaga esfera abstrata no universo, mas para um lugar real de honra, e onde foi visto por Estêvão, à mão direita de Deus (Atos 7:56), assim como por Paulo (2Co.12) e por João (Apocalipse. 1:10-18).
O Inferno
O Senhor Jesus alertou igualmente para o inferno, um lugar onde o seu bicho não morre nem o fogo nunca se apaga» Assegurou que os que praticarem a iniquidade serão lançados no lago de fogo e enxofre, onde haverá choro e ranger de dentes (Mat. 13:42).
Ele, um dia, dirá a esses: «Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos» (Mat. 25:41. Cfr. ainda Apocalipse 20:10 e 21:8)
Tal como o céu, o inferno e o lago de fogo e enxofre são lugares reais. E entre o inferno e o céu existe um abismo tal impossível de transpor (Lucas 16:26).
O inferno é um lugar de tormento (Lucas 16:23), de vergonha e desprezo eterno (Daniel 12:2) onde existe separação absoluta e eterna de Deus e o desprezo eterno de todos os que lá se encontra. «A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite» (Apocalipse. 14:11)
O Purgatório
O purgatório não existe. Trata-se de uma invenção da Religião Católica, concretamente do papa Gregório I, em 593 e que veio a ser aprovada no Concílio de Florença de 1439 e confirmada no de Trento em 1563, sustentando-se nos livros apócrifos de II Macabeus 12:42-46.
Contudo, a Bíblia é bem clara ao afirmar (Mat. 25:46) que uns irão para o tormento eterno e os justos para a vida eterna. Não há outro lugar ou outro destino.
O malfeitor que foi crucificado ao lado do Senhor Jesus, apesar dos seus muitos pecados, não teve de ir para um lugar de purificação, antes o Senhor Jesus lhe assegurou: «em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso» (Luc. 23:43). Lemos igualmente em 1 João 1:7 que «o sangue de Jesus Cristo, nos purifica de todo o pecado». Só pela graça do Senhor Jesus somos salvos, por meio da fé e nunca pelas obras de justiça que possamos fazer (Efésios 2:8,9; Romanos 10:9-13; 3:20-28 e 5:1-10), só dessa forma podendo alcançar a paz com Deus.
Série de estudos Polêmicos
Fonte Luz para a Vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário