Doença pode levar até a morte
As noites de Natal e Ano Novo não são de alegria para todo mundo. Envolvidos com o consumismo e com o vazio do mundo, muitas pessoas mergulham em uma tristeza sem fim.
A psiquiatra Analice Gigliotti, do Espaço Clif, recebeu pedidos para deixar a clínica em Botafogo aberta aos dependentes de drogas e a quem sofre de depressão e ansiedade durante as festas de fim de ano.
Analice conversou com uma coluna do Jornal O Globo.
O período de festas mexe com as emoções de muita gente, não é?
Para alguns é um período fértil para a depressão. É quando voltam à mente a perda de pessoas queridas, frustrações cotidianas, e cai a ficha da ilusão das falsas expectativas. E o mundo lá fora vendendo felicidade... Há quem não suporte e se deixe abater.
Por que?
Além de todas essas lembranças, é um período maluco: na prática, entre Natal e réveillon há apenas uma semana. Mas, nesse pouco tempo, saímos de um ambiente cercado de vários excessos — comida, bebida, presentes, alegria, gastos — para outro de promessas de privações definitivas: nada de cigarro, nada de calorias, nada de preguiça. É muita pressão.
E como lidar com essa pressão?
O segredo é, no início do ano, limitar-se a escolher apenas aquilo que pode dar conta. Não adianta querer consertar a vida só porque o ano vai mudar. Priorize o que mais interessa para dar pequenos passos possíveis. No final do ano que vem, quando a fatídica música da Simone perguntar “Então é Natal, e o que você fez?”, você pode encher o peito e responder: fiz o que me prometi.
GpsGospel
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