Menos de 10% fala abertamente sobre a mensagem do evangelho
Um terço dos cristãos não gostam de compartilhar sua fé nas mídias sociais, indica uma nova pesquisa. Mesmo assim, 76% dizem acreditar que as redes são uma boa plataforma para divulgarem o que eles creem.
David Giles, gerente de mídia social e internet do Exército da Salvação, foi quem idealizou a pesquisa. Para conduzir o estudo, contou com o apoio da University of Creative Arts, em Surrey, Reino Unido. Durante cerca de um ano ele contatou pessoas pela internet no projeto “Putting Your Faith in Social Media”.
Ele afirmou ao Premier News que apenas um pequeno número de fiéis ficava preocupado com as possíveis reações negativas a postagens religiosas. “Se olharmos com cuidado, apenas cerca de 8% afirmava perceber uma reação negativa quando escrevia algo sobre Deus e isso os desencorajava”, sublinhou.
Giles não tem dúvidas que as mídias sociais oferecem uma oportunidade muito boa para os cristãos emitirem suas opiniões. “O benefício da mídia social é que elas não apenas divulgam a mensagem, oferecem uma oportunidade para discutir e aprimorar ideias e, acima de tudo, desafiar a maneira como apresentamos a nossa fé.”
Afirma saber que “há grupos de LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros] que usam o Facebook para debater os ensinamentos do cristianismo e até desenvolvem amizade com outros crentes. Talvez eles não estivessem dispostos a ter essas conversas abertamente no ambiente da igreja”.
Ressalta ainda que a maioria dos cristãos acaba perdendo boas oportunidades de se engajar nos debates online, preferindo apenas reproduzir imagens e vídeos sem fazer reflexões a respeito. Cerca de 60% dos usuários se sentem mais confiantes ao reproduzir algo dito ou preparado por um líder conhecido.
Quarenta e oito por cento prefere postar passagens bíblicas que eles gostem ou que estejam lendo. Curiosamente, menos de 10% dos entrevistados afirmam que compartilharam verdadeiramente o evangelho pelas redes sociais – uma mensagem clara sobre o pecado, a morte de Jesus na cruz e a necessidade de arrependimento e de nascer de novo.
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