Descendo o Sol Nascente

Faço novas todas as coisas! Apocalipse 21:5
Ontem subimos a montanha mais importante do Japão. E hoje desceremos de lá. Após zerar meu cartão da máquina fotográfica com incontáveis fotos da aventura, era hora de descer os 3.776 metros do Monte Fuji. 

O Sol explodiria com toda força naquele dia de verão de 40 graus Celsius. E foi logo no começo da descida que notei a verdadeira imagem de onde estivera na madrugada: um imenso vulcão!

Com o extremo calor da época, não havia neve e, consequentemente, viam-se as rochas, pedregulhos e lava negra espalhados por todos os cantos. Um absurdo buraco – maior que quatro Maracanãs! – sinalizava a "caldeira", ou seja, as cicatrizes da chaminé por onde jorraram milhões de toneladas de fogo líquido. Mesmo adormecido, um vulcão sempre assusta.

Sabe o que mais me chamou a atenção? Os primeiros quilômetros da descida mostravam uma beleza desoladora. Cascalhos negros rolando das encostas sobre um solo de carvão extremamente acidentado faziam tudo parecer um deserto vertical. As nuvens abaixo impediam de ver qualquer coisa que não fosse aridez, fim da vida e destroços de uma inimaginável explosão.

Porém, quanto mais a gente desceu, mais foi mudando a paisagem. Como num passe de mágica, metros abaixo, as rochas estéreis diminuíram de tamanho. De repente, surgiram terras mais fofas com pequeninos tufos de folhas escapando entre as frestas. Não acreditei. Três horas depois, já desabrochavam flores, arbustos e, finalmente, grandes árvores na base do monte.

É só vendo para crer: descer o Fuji é testemunhar a esperança da transição de um deserto vulcânico até o mais encantador bosque verdejante. Lá embaixo, uma floresta tropical anunciava a vitória da natureza viva sobre as cinzas desoladoras.

Não é incrível? A natureza sempre dá um jeito de sobreviver.

Naquele trajeto eu só conseguia pensar em como Deus reconstrói nossos sonhos. Talvez você esteja muito triste com algo que trouxe tristeza ao seu coração. Pode ser a saudade dos pais, uma dificuldade financeira, ou até um sentimento de solidão. Mas tudo isso passará se Jesus estiver com você.
Ao lado de Cristo, as lágrimas que secam em seu rosto hoje podem fazer brotar a felicidade eterna em seu coração. Existe muita coisa boa pela frente. Basta acreditar, esperar um pouquinho e prosseguir adiante com Deus. Ele pode tornar vulcões em jardins. Confie

Por Eloise Alves

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