"Para que isto seja por sinal entre vós; e quando vossos filhos no futuro perguntarem, dizendo: Que vos significam estas pedras? Então lhes direis que as águas do Jordão se separaram diante da arca do concerto do Senhor; passando ela pelo Jordão, separaram-se as águas do Jordão. Assim que estas pedras serão para sempre por memorial aos filhos de Israel" (Josué 4:6-7).
Nós, homens, temos a tendência de nos esquecer das coisas que nos aconteceram. Até algo que nos foi marcante às vezes é preciso um contato físico ou visual para nos que venha à memória, pois se tratava de acontecimento esquecido por nós. O esquecimento pode ser por distração ou ingratidão, tendo ambos os casos suas conseqüências, mas a pior delas é a tal da ingratidão.
O objetivo principal daquelas pedras tiradas do meio do Jordão era ser um memorial para que o povo não se esquecesse das maravilhas que Deus operara no meio deles.
Em deuteronômio 6:20-21 encontramos novamente esta ordem para que falassem o que Deus fizera no passado. Veja: "Quando teu filho te perguntar pelo tempo adiante, dizendo: Quais são os testemunhos, e estatutos e juízos que o Senhor vosso Deus vos ordenou? Então dirás ao teu filho: Éramos servos de faraó no Egito, porém o Senhor nos tirou com mão forte do Egito."
O povo tinha de passar aos seus filhos e filhos de seus filhos todas as maravilhas que Deus fizera no passado, mas eles esqueciam o que Deus fizera e pecavam e desobedeciam e se distanciavam cada vez mais do Senhor. As pedras eram justamente para ser vistas como memorial ou figura, pois logo surgiriam as perguntas: "Que pedras são estas? Por que doze?" Assim o objetivo seria cumprido e o nome do Senhor engrandecido e glorificado por Israel. E todas as nações tomavam conhecimento do que o Senhor fazia pelo seu povo.
Mas Israel, mesmo com o memorial à sua frente, se esquecia. Veja neste Salmo: "Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus filhos, para que a geração vindoura a soubesse, os filhos que nascessem se levantassem e a contassem a seus filhos; Para que pusessem em Deus a sua esperança, e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos. E esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes fizera" (Ver Salmo 78:5-11).
Em toda a História Deus sempre marcava seus feitos com um memorial, a fim de que o homem o olhasse e se lembrasse das suas maravilhas. Foi assim com o dilúvio: “Sucederá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco, então me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne” (Gn 9.14,15).
Hoje, quando vemos o arco-íris, a primeira coisa que vem à minha mente é a aliança que Deus fizera com Noé de não mais destruir a terra com água. E o ato da Santa Ceia? Quando estamos com o cálice e o pão na mão, de que nos lembramos? Lembra-se do que o Senhor Jesus disse? "Fazei isto em memória de mim..." (Lc 22.19). Será que não poderíamos nos lembrar do nosso Senhor sem o memorial da Santa Ceia? "Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1 Co 11:26).
O que dizer do jardim do Getsêmani, onde o Mestre suou como que gotas de sangue (Lc 22.44), antes de ser traído e entregue aos seus inimigos? Seria impossível visitar Israel e passar por esse jardim e não se sentir nada. Enfim Israel (Jerusalém) é para nós um memorial. É impossível falar da nação de Israel sem manifestar a nossa fé.
E a cruz? O que falar do maior símbolo do cristianismo? Quando vemos a cruz vazia lembramos que foi através dela que chegamos a Deus. Esse memorial nos lembra que éramos nós que tínhamos de morrer e não Ele, mas Ele o fez por nós.
Mas por que tinha que haver um memorial? Israel se esquecia tanto pela distração como se esquecia também pela ingratidão. Deus queria que o seu povo, mesmo distraído, tropeçasse naquelas pedras do Jordão para que não fossem ingratos. Mas mesmo com esses memoriais o povo se esquecia.
Nós, assim como o povo de Israel, esquecemo-nos de falar o que Deus tem feito por nós, ainda que não seja por ingratidão. Distraídos com os nossos afazeres, esquecemo-nos de que temos de proclamar os feitos de Deus em nosso favor. Isso porque às vezes pensamos que um milagre só é milagre se alguém ressuscitar, se houver uma cura de câncer em estado terminal ou se um cego de nascença enxergar.
Uma simples dor de cabeça pela qual você orou e desapareceu é um milagre, sabia? Para Deus não existe milagre pequeno e milagre grande. Todo milagre para Ele é milagre; nós é que os classificamos como extraordinários ou como pequenos para serem contados ou partilhados com os nossos filhos ou com a Igreja. Faça dos seus lábios um memorial; conte o que Deus fez por você.
Não se preocupe em ser um simples milagre; de repente ele pode ser insignificante para você, mas vai ajudar os outros e edificar a igreja. Conte, fale. Faça uma reflexão: lembre-se do que Deus fez por você. Irei trazer algo a sua memória: só em você estar vivo, lendo esta mensagem, já é um grande milagre. Tendo o seu coração batendo desde que foi concebido, sem parar um minuto, não é motivo de engrandecer e exaltar o nosso Deus? Tente enumerar o que Deus fez por você e ficará surpreso por tantas bênçãos.
"Conta as bênçãos, conta quantas são? Recebidas da divina mão. Uma a uma, dize-as de uma vez. Hás de ver surpreso quanto Deus já fez (Salmos e hinos).
"Não morrerei, mas viverei e contarei as obras do Senhor" (Salmo 118:17). "O que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que ele me tem feito?" (Salmo 116.12).
Fico imaginando se os apóstolos não tivessem escrito as suas cartas, os evangelhos, como iríamos tomar conhecimento do que Deus fez no principio da Igreja? E se eles ficassem com as maravilhas para si, escrevessem-nas apenas em seus diários e não falassem delas às igrejas? O que seria do Brasil se os missionários não chegassem até nós? Portanto faça das suas bênçãos, hoje, um grande memorial. Conte-as, fale sobre elas, compartilhe-as em sua igreja, em seu trabalho; não as guarde no seu diário; publique-as, diga ao seu irmão o que Deus fez por você.
Olhe para Jerusalém hoje. O que aconteceu com o evangelho do Senhor Jesus lá onde tudo começou, lá onde foi pronunciado o "ide" do Senhor? "Ide por todo mundo, e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15), "e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra" (At 1.8). Hoje, "os confins da terra" é que estão enviando a Jerusalém missionários para levar à memória daquele povo o memorial da cruz, o evangelho do Senhor. Por eles terem ficado calados, foram dispersos e hoje existem poucos cristãos lá.
"Lembra-te do teu Criador, nos dias da tua mocidade..." (Eclesiastes 12.1).
Deus abençoe você, meu querido e amado leitor, para que possa falar sempre do que Deus fez por sua vida. Os seus filhos precisam ouvir o que Deus fez por você, para que eles falem também aos filhos, e os filhos dos seus filhos também falem. E, assim, o nome do Senhor será engrandecido para sempre e todas as nações saberão que não há Deus como o nosso Deus.
Amém.
Por Josiel Dias
IEC Alcântara
IEC Alcântara
Oi Josiel!
ResponderExcluirPoxa que legal vc me visitar, fico honrada...e MUITO feliz! Procuro ser imparcial nos meus posts...acho que só as mulheres me visitam. Espero que volte sempre...como já disse fico honrada!!!
Graça e Paz sobre sua vida e de todos os seus.
Abraço.
gOSTARIA DE SABER SE ESTAS PEDRAS QUE APARECEM NO INÍCIO DA PÁGINA, NO ARTIGO BÊNÇÃOS EM MEMORIAL, SÃO AS MESMAS DO MONUMENTO ERGUIDO POR JOSUÉ E RETIRDAS DO RIO JORDÃO.eM CASO AFIRMATIVO, GOSTARIA DE USAR ESTA IMAGEM E SOLICITO AUTORIZAÇÃO. +dOM mOYSES bARBOSA - bISPO pRIMAZ - CONSELHO@PASTORMOYSESBARBOSA.COM
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