Pastor Marcos Pereira é acusado de usar
igreja para fazer propaganda eleitoral
O registro de candidaturas no TSE do estado do Rio indica que 40 “sacerdotes ou membros de ordem ou seita religiosa” disputarão cargos eletivos nas próximas eleições. É mais que o dobro da quantidade de pastores candidatos em São Paulo. De acordo com reportagem do jornal O Globo, publicada neste sábado, candidatos ligados a igrejas evangélicas vêm usando templos no Rio de Janeiro como comitês eleitorais.
O eleitorado evangélico é estimado em cerca de 20% dos 11,8 milhões de eleitores do estado. O IBGE indicou no último Censo que o Rio já possui menos de 50% de católicos. Além disso, o número de evangélicos em 11 dos 19 municípios da Região Metropolitana superam o de católicos.
De olho nesse potencial, alguns candidatos fazem nos templos religiosos propaganda política e assistencialismo, que parecem ou ação social.
Um dos casos mostrados pelo jornal carioca é a Igreja Primitiva do Amor, em Nova Iguaçu, e na Assembleia de Deus dos Últimos Dias, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Instalada numa casa simples, em um dos bairros mais carentes do município, a Igreja Primitiva do Amor fez na quarta-feira uma “campanha” de ação, oferecendo o cadastramento de moradores no Bolsa Família, preenchimento de fichas para solicitação de aposentadoria, aplicação de flúor e outras vantagens. O problema é que, para ter acesso, os interessados deveriam apresentar comprovante de residência, carteira de identidade e título de eleitor.
O pastor da igreja, Raimundo Jesus, afirma que o evento foi realizado no templo a pedido da Secretaria de Assistência Social de Nova Iguaçu. Mas alguns moradores dizem que a ação estava ligada ao candidato a vereador pelo PT, Sebastião Wagner Berriel, aliado da prefeita Sheila Gama (PDT) que tenta a reeleição.
O pastor Raimundo nega intenção política e diz que apenas cedeu o espaço a pedido da prefeitura. Contudo, as regras do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, responsável pela gestão do Bolsa Família, afirmam que o cadastro só pode ser promovido em espaços da administração municipal e sob a responsabilidade das secretarias municipais de assistência social.
Perguntada sobre o motivo de ter usado a igreja, Márcia Vieira, secretaria de Assistência Social de Nova Iguaçu, informa que o atendimento foi realizado no templo para responder um pedido da Igreja Primitiva do Amor. Ou seja, o contrário da informação dada pelo pastor.
Enquanto isso, a Assembleia de Deus dos Últimos Dias, em São João de Meriti, sede da denominação criada pelo pastor Marcos Pereira, se assemelha a um comitê eleitoral. Há, no local fotos, veículos adesivados e carros de som usados para fazer propaganda de Waguinho, candidato a prefeito em Nova Iguaçu, e de Allan Pereira, candidato a vereador no Rio, que é irmão de sangue do pastor Marcos.
Os dois candidatos concorrem pelo PC do B e são membros da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Segundo testemunhas, durante os cultos, o pastor Marcos faz campanha aberta para eles.
Maurício da Rocha Ribeiro, o procurador regional eleitoral, afirma ser proibida a campanha política em templos religiosos. Se comprovado o descumprimento da lei eleitoral, o candidato terá de pagar multa entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, além da retirada de cartazes e faixas.
Sobre o uso de templos religiosos para atividades veiculadas a programas sociais do governo, os responsáveis podem ser acusados de abuso de poder econômico e político. “Nesse caso, pode resultar até na cassação do registro do candidato”, explica o procurador.
Informações Gospel Prime
O eleitorado evangélico é estimado em cerca de 20% dos 11,8 milhões de eleitores do estado. O IBGE indicou no último Censo que o Rio já possui menos de 50% de católicos. Além disso, o número de evangélicos em 11 dos 19 municípios da Região Metropolitana superam o de católicos.
De olho nesse potencial, alguns candidatos fazem nos templos religiosos propaganda política e assistencialismo, que parecem ou ação social.
Um dos casos mostrados pelo jornal carioca é a Igreja Primitiva do Amor, em Nova Iguaçu, e na Assembleia de Deus dos Últimos Dias, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Instalada numa casa simples, em um dos bairros mais carentes do município, a Igreja Primitiva do Amor fez na quarta-feira uma “campanha” de ação, oferecendo o cadastramento de moradores no Bolsa Família, preenchimento de fichas para solicitação de aposentadoria, aplicação de flúor e outras vantagens. O problema é que, para ter acesso, os interessados deveriam apresentar comprovante de residência, carteira de identidade e título de eleitor.
O pastor da igreja, Raimundo Jesus, afirma que o evento foi realizado no templo a pedido da Secretaria de Assistência Social de Nova Iguaçu. Mas alguns moradores dizem que a ação estava ligada ao candidato a vereador pelo PT, Sebastião Wagner Berriel, aliado da prefeita Sheila Gama (PDT) que tenta a reeleição.
O pastor Raimundo nega intenção política e diz que apenas cedeu o espaço a pedido da prefeitura. Contudo, as regras do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, responsável pela gestão do Bolsa Família, afirmam que o cadastro só pode ser promovido em espaços da administração municipal e sob a responsabilidade das secretarias municipais de assistência social.
Perguntada sobre o motivo de ter usado a igreja, Márcia Vieira, secretaria de Assistência Social de Nova Iguaçu, informa que o atendimento foi realizado no templo para responder um pedido da Igreja Primitiva do Amor. Ou seja, o contrário da informação dada pelo pastor.
Enquanto isso, a Assembleia de Deus dos Últimos Dias, em São João de Meriti, sede da denominação criada pelo pastor Marcos Pereira, se assemelha a um comitê eleitoral. Há, no local fotos, veículos adesivados e carros de som usados para fazer propaganda de Waguinho, candidato a prefeito em Nova Iguaçu, e de Allan Pereira, candidato a vereador no Rio, que é irmão de sangue do pastor Marcos.
Os dois candidatos concorrem pelo PC do B e são membros da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Segundo testemunhas, durante os cultos, o pastor Marcos faz campanha aberta para eles.
Maurício da Rocha Ribeiro, o procurador regional eleitoral, afirma ser proibida a campanha política em templos religiosos. Se comprovado o descumprimento da lei eleitoral, o candidato terá de pagar multa entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, além da retirada de cartazes e faixas.
Sobre o uso de templos religiosos para atividades veiculadas a programas sociais do governo, os responsáveis podem ser acusados de abuso de poder econômico e político. “Nesse caso, pode resultar até na cassação do registro do candidato”, explica o procurador.
Informações Gospel Prime
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