Mesmo que não se queira entrar no clima, o clima entra sem permissão. São as luzes piscando e enfeitando, os vários tronos de Papai Noel em cada shopping, as pilhas de panettones pelos supermercados, as cores verde e vermelha a tudo decorando e os inconfundíveis ho,ho,ho martelando em nossos ouvidos. Não dá para escapar, o clima está nas ruas, todos já sabem, é natal.
O dado que assusta no parágrafo acima é a proposital ausência da figura de Jesus. Os símbolos acima se bastam para que todos entrem no clima da festa. Jesus ficou totalmente descartável. A história do bebê que nasceu na manjedoura, para esta sociedade, é até bonitinha, mas só. O que se quer saber é sobre o quanto se gastará em presentes, comidas e roupas, e também o quanto se ganhará em presentes, comidas e roupas. Nú e cru, este é o natal desta geração.
O Jesus descartado da festa virou apenas desculpa. Sim, porque se natal é nascimento, precisamos de uma boa desculpa para a festa, e qual melhor desculpa do que o nascimento de Jesus? Mesmo que a massa e seus manipuladores não estejam nem aí para a história do evangelho, a história é boa e poderosa. Tão boa e tão poderosa que até hoje gera bilhões de faturamento em todo o mundo. E qual é o louco capitalista que desprezará um bebê com uma história assim? Nem o mais ateu dos comerciantes ateus.
O retrato, infelizmente, também se encontra no conteúdo de muitas comunidades cristãs. O que se quer, se busca e se adora são apenas luzes, brilhos, coreografias e festas que impressionem, causem impacto e mobilizem grandes públicos ávidos e ingênuos para darem suas ofertas em campanhas esquisitas que se sucedem uma após outra o ano inteiro, para muito além do natal.
Não permita que Jesus não tenha lugar para nascer e morar em seu coração. Não permita que as urgências e prioridades materiais da vida limite Jesus a um curral qualquer apenas num dia do ano. Isso não é natal. Se para você um dia Ele nasceu. E Ele nasceu! Viva em novidade de vida cada dia que Ele te dá, agradecendo, pregando e partilhando sua palavra e suas promessas. A estrela de Belém não parou de brilhar, afinal, foi em meio a trevas que bilhões de pessoas viram seu brilho e hoje vivem na luz, a maravilhosa luz de Jesus.
Paz!
Por Edmilson Mendes
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