Israel aprova exigência de referendo sobre Jerusalém Oriental

A decisão pode colocar uma nova barreira no acordo de paz entre israelenses e palestinos
O Parlamento de Israel decidiu nesta quarta-feira (12) a criação de um referendo nacional para aprovar a proposta da retirada de território de Jerusalém Oriental.

Essa pode ser uma nova barreira para o acordo de paz entre Israel e Palestina, pois o local, que abriga vários espaços de importância religiosa, é uma das reivindicações dos palestinos.

Foram 68 votos a zero que tornaram o referendo obrigatório para definir qualquer cessão ou retirada de território do Estado israelense.

A área de Jerusalém Oriental está sob comando de Israel desde 1967, mas os palestinos querem a área como sua capital, uma disputa de território que tem se intensificado nos últimos anos.

A semana do Parlamento israelense foi marcada por decisões polêmicas. Além dessa sobre o território, também foi decidido que homens judeus ultra ortodoxos também devem servir as Forças Armadas.

Desde a criação do Estado de Israel, em 1948, o governo permitiu que estudantes de desempenho exemplar deixassem de servir às Forças Armadas para realizar estudos religiosos. 

Acontece que ao longo dos anos milhares de jovens religiosos conseguiram escapar do serviço militar enquanto que a maioria dos outros homens judeus era obrigada a se submeter a três anos de serviço militar obrigatório.

A mudança pode fazer com que aumente 5,2 mil soldados ultra ortodoxos em 2017. Para isso o país concederá incentivos financeiros para escolas religiosas que enviem seus alunos para o exército. Se a medida não for suficiente, a legislação prevê o serviço obrigatório com sanções penais para os religiosos.

GP

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