Entre
as denominações cristãs, os pentecostais são o grupo que mais cresce
No
final de uma fileira de cadeiras dispostas ordenadamente, Sandra Ashford ora
reverentemente, ainda comemorando o que ela diz ser a recuperação milagrosa de
sua mãe que sofria de estenose na espinhal cervical.
“Se não
fosse a minha mãe”, disse Ashford, “eu não acreditaria.” Ela explica que depois
da “imposição das mãos”, sua mãe de 74 anos de idade, não experimenta os
sintomas da que estava se tornando uma condição debilitante.
Quando
ela saiu da Jamaica e foi para os Estados Unidos em busca de opções de
tratamento, Delsie McDougall não podia “andar em linha reta.” Quando seu
neurologista recomendou uma cirurgia, ela procurou uma alternativa, mais de
acordo com sua fé.
Por
recomendação de um amigo, mãe e filha foram a um culto de cura na igreja
pentecostal Centro Cristão Vida Eterna em Laurel, Maryland. “Para dizer a
verdade, eu estava muito cética”, disse McDougall que agora canta e dança ao
som da música gospel sem nenhum sinal de desconforto físico. E ela não é a
única a viver essa experiência.
De
acordo com o recente relatório sobre o Cristianismo no mundo, realizado
pelo Pew Research, 305 milhões de fiéis são pentecostais.
“Uma
das razões do movimento estar se expandindo… é que além da salvação, nós
experimentamos curas, milagres. Os cegos veem, os coxos voltam a andar, os
surdos podem ouvir. Isso atrai muita gente”, disse Samuel Fatoki, que
lidera a igreja Centro Cristão juntamente com sua esposa, a pastora Marcia.
Na
terceira vez que impôs as mãos sobre a senhora McDougall, o pastor Fatoki diz
que ela caiu no chão e começou a falar em línguas. Quando levantou, estava
curada.
O
relatório do Pew Research considera os pentecostais um subgrupo dentro dos
protestantes. O que caracteriza esse grupo são as crenças e práticas de “cura
divina, profecias e o falar em línguas”, segundo o relatório.
Dale
Stoffer, professor de teologia histórica e reitor do Seminário Teológico de
Ashland, em Ohio, disse que a explosão do movimento pentecostal ocorreu
nos anos 1960.
A experiência
religiosa nessas igrejas é mais vivencial e menos intelectual.
“Há uma
grande ênfase sobre o Espírito Santo e o sobrenatural,” acrescenta Stoffer.
Nas
últimas décadas houve uma “explosão de crescimento” dos pentecostais,
principalmente na África, na América Latina e na Ásia. Uma pesquisa do
Instituto Pew (2006) registra que, por exemplo, a maioria dos evangélicos do
Brasil se identificaram como pentecostais.
“São
culturas que não foram tão impactadas pelo Iluminismo ocidental”, explica
Stoffer.
“Os
sinais acompanharão aqueles que creem, eles vão curar os doentes e expulsar
demônios em meu nome”, lembra a pastora Marcia Fatoki, recitado um trecho do
Evangelho de Marcos. Mas o pastor Samuel enfatiza: “Não somos nós que os
curamos”. Os pastores se consideram apenas usados pelo Espírito Santo.
Mas o
que acontece quando uma pessoa não é curada? Samuel Fatoki diz que se
isso acontecer é a vontade de Deus. “Mas acredito que Deus quer que todos sejam
curados”, explica.
Para
Sandra Ashford e sua mãe, o que aconteceu diante de seus olhos é suficiente
para gerar um aprofundamento da sua fé.
Traduzido
e adaptado por Gospel
Prime de CNN
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