A Comunidade Eclesia
defende que essa é uma forma moderna de evangelização
Em diversas culturas do
mundo, tatuagens com temas religiosos são bastante comuns. Para algumas tribos é
um elemento essencial para definir a identidade individual ou coletiva. O mesmo
ocorre entre prisioneiros e mafiosos de alguns países.
Para os cristãos o assunto
é controverso. Há ainda um debate, muitas vezes cultural e geracional, sobre se
os cristãos podem ou não fazer tatuagens. Alguns entendem que é uma forma de
usar o corpo como ferramenta de evangelismo. Outos lembram passagens do Antigo
Testamento que condenariam tal prática.
O pastor Chris Seay, da
Comunidade Ecclesia, em Houston, Texas, decidiu fazer uma “campanha” durante a
Quaresma, pedindo que os membros de sua congregação façam tatuagens ilustrando
de algum modo a vida e a crucificação Jesus.
Seay é filho e neto de
pastores. Pós-graduado em Teologia pela Universidade Batista Baylor é autor de
sete livros, entre eles The Gospel According to Tony Soprano, The Gospel
Reloaded, and The Last Eyewitness. Ele também é um preletor interncional, sendo
apontado como um dos novos líderes o movimento conhecido como “Igreja
Emergente”.
Ele acredita que metade dos
membros da comunidade Ecclesia tÊm uma tatuagem. De acordo com o Pew Research
Center, desenhar sobre o corpo é algo mais popular do que nunca entre os jovens.
Cerca de 40% dos americanos com menos de 30 anos carregam uma.
“Há definitivamente algumas
passagens do Velho Testamento que têm algo a dizer sobre (tatuagem), mas não
acho que elas dizem respeito à vida conteporânea”, disse Seay. ”Se achássemos
que as Escrituras as proibiam, não estaríamos fazendo isso.”
Ele chamou o tatuador e
artista plástico Scott Erickson, para criar, inicialmente, 10 desenhos que
representassem as “Estações da Cruz”. Ao mesmo tempo, anunciou que procurava 10
pessoas que desejassem fazer essas tatuagens. A ideia atraiu mais de 50
voluntários e todos foram tatuados com um desenho personalizado de Erickson. Sem
fazer cruzes ou imagens do rosto de Cristo, alguns optaram por fazer desenhos
tribais, de pássaros, flores e frases curtas.
“Eu acho a cruz totalmente
importante, mas como um símbolo ela não inspira mais as pessoas. Tornou-se algo
decorativo”, explica Erickson. Por isso, ele incorporou símbolos cristãos mais
sutis, como o pintassilgo, que tradicionalmente representa Cristo na Paixão e
escreveu algumas frases em latim.
“O protestantismo tem uma
cultura visual muito pouco desenvolvida”, acredita o artista. ”As Estações da
Cruz, mostram uma história muito intensa. Não há espaço para os cordeiros
fofinhos e cores brilhantes.”
Wayne Brown, um dos membros
da Ecclesia, participou da iniciativa e disse: “Em Houston faz sentido
representar [a história de Jesus] visualmente”, que agora carrega no corpo o
desenho de uma mão espalmada e a frases “Nós fomos curados”. Sua tatuagem
representa a chamada “sétima estação”, quando Jesus é pregado na
cruz.
Muitas igrejas evangélicas
acreditam que a Quaresma é uma prática tradicionalmente católica, que começou na
quarta-feira de cinzas e termina na Páscoa. Porém, cada vez mais igrejas como a
Comunidade Ecclesia tem procurado resgatar essa antiga tradição e dar a ela um
significado renovado.
As chamadas “estações da
cruz” podem ser vistas em milhares de igrejas no mundo todo. Elas surgiram como
quadros e esculturas que eram usados para contar sobre a crucificação de Cristo
durante os primeiros séculos do cristianismo, pois muitos eram analfabetos e não
teriam outro modo de conhecer a mensagem.
Brent Plate, que ministra
um curso sobre religião e cultura pop em Hamilton College, em Nova York,
afirmou: “Este é um projeto fascinante, criativo e provocador. Fazer as Estações
como tatuagens é claramente algo que se encaixa bem com o movimento da chamada
igreja emergente. Afinal, eles desejam estar totalmente envovidos com a cultura
contemporânea, sem perder sua identidade espiritual cristã”.Traduzido e adaptado de Chron e ABC Local
Gospel Prime
eita... e la vem o diabo e suas heresias.....
ResponderExcluir