Os conflitos entre denominações, pastores e líderes evangélicos, entre crentes e entre igrejas, podem estar mostrando crise no Cristianismo no Brasil?
Recentemente, o pastor e teólogo Ricardo Gondim escreveu um artigo intitulado “Porque parti” explicando os motivos por ter se afastado do movimento evangélico no Brasil.
Segundo ele, o sistema religioso que lhe abrigou se “esboroava”, apontando “fadiga como denúncia”, o que alguns o interpretam como fraqueza.
“Se era fraqueza, foi proveitosa, pois despertava para uma realidade: o Movimento Evangélico vinha se transformando em cabide de oportunistas; permitindo que incompetentes, desajustados emocionais e – por que não dizer? – vigaristas, se escorassem nele”, diz ele.
Gondim alega que recebeu “a fúria dos severos defensores da reta doutrina” apontando traições, inimizades e invejas. “Fui traído. Antigas invejas se fantasiaram de zelo pela verdade, e parceiros se transformaram em inimigos. Senti o escarro do desdém.”
Em sua declaração de partida “Tempo de partir”, o teólogo fez também sérias acusações sobre as igrejas pelas quais passou, tais como a igreja presbiteriana, Assembleia de Deus e a igreja Betesda.
Gondim acusou a igreja presbiteriana de exigir dele que negasse a experiência de falar em línguas estranhas com ameaça de expulsão e excomunhão, quando ele a frequantava na época. Na Assembleia de Deus, ele apontou problemas como “legalismo”, “politicagem interna” e “ânsia de poder temporal”.
Muitos teólogos e líderes evangélicos, entretanto, afirmam que Gondim tem carecido de firmeza na graça do Evangelho, pela qual conflitos entre seus irmãos em Cristo e distorções bíblicas transparecem. Mas tal problema vem a mostrar um engessamento da igreja evangélica brasileira?
Engessamento da igreja
Segundo o apologista Johnny Torralbo Bernardo do Instituto de Pesquisas Religiosas (INPR), a igreja evangélica pode estar passando por problemas como legalismo e engessamento, após longos anos de crescimento e expansão.
Esses problemas não somente acontecem no Brasil, mas em outros países também como nos Estados Unidos, por exemplo. Segundo ele, a “massa” precisa ser “trabalhada e acompanhada”. “Na ausência de tais requisitos, a massa torna-se crua e sem vida”.
O “peso do rancor religioso” citado por Gondim, pode também ser relacionado com a defesa de fé de algumas denominações evangélicas e Bernardo afirma que muitas carecem de parâmetros e basamento bíblico.
“Há uma constante suspeita quanto ao desconhecido - cristãos menos abertos ao debate tendem a demonizar tudo que, aparentemente, lhe pareça estranho ou distante. Foi assim quando da chegada da televisão ao Brasil.”
Bernardo completa dizendo, “ mesmo ocorre quando do tratamento de questões políticas e da família. Há grupos evangélicos que chegam até mesmo a proibir o uso de preservativos e vasectomia - são poucos, mas existem em nosso meio.”
Apesar de todos os problemas, afastar-se do movimento evangélico, não significa necessariamente um afastamento de Deus e de seu Reino, afirma o apologista.
“Quando alguém se diz insatisfeito com o movimento (no caso, evangélico), não está, necessariamente, abdicando da Igreja Invisível - seu amor a Cristo e ao Reino de Deus deverá continuar firme e inabalável.”
Fonte Christian Post
Recentemente, o pastor e teólogo Ricardo Gondim escreveu um artigo intitulado “Porque parti” explicando os motivos por ter se afastado do movimento evangélico no Brasil.
Segundo ele, o sistema religioso que lhe abrigou se “esboroava”, apontando “fadiga como denúncia”, o que alguns o interpretam como fraqueza.
“Se era fraqueza, foi proveitosa, pois despertava para uma realidade: o Movimento Evangélico vinha se transformando em cabide de oportunistas; permitindo que incompetentes, desajustados emocionais e – por que não dizer? – vigaristas, se escorassem nele”, diz ele.
Gondim alega que recebeu “a fúria dos severos defensores da reta doutrina” apontando traições, inimizades e invejas. “Fui traído. Antigas invejas se fantasiaram de zelo pela verdade, e parceiros se transformaram em inimigos. Senti o escarro do desdém.”
Em sua declaração de partida “Tempo de partir”, o teólogo fez também sérias acusações sobre as igrejas pelas quais passou, tais como a igreja presbiteriana, Assembleia de Deus e a igreja Betesda.
Gondim acusou a igreja presbiteriana de exigir dele que negasse a experiência de falar em línguas estranhas com ameaça de expulsão e excomunhão, quando ele a frequantava na época. Na Assembleia de Deus, ele apontou problemas como “legalismo”, “politicagem interna” e “ânsia de poder temporal”.
Muitos teólogos e líderes evangélicos, entretanto, afirmam que Gondim tem carecido de firmeza na graça do Evangelho, pela qual conflitos entre seus irmãos em Cristo e distorções bíblicas transparecem. Mas tal problema vem a mostrar um engessamento da igreja evangélica brasileira?
Engessamento da igreja
Segundo o apologista Johnny Torralbo Bernardo do Instituto de Pesquisas Religiosas (INPR), a igreja evangélica pode estar passando por problemas como legalismo e engessamento, após longos anos de crescimento e expansão.
Esses problemas não somente acontecem no Brasil, mas em outros países também como nos Estados Unidos, por exemplo. Segundo ele, a “massa” precisa ser “trabalhada e acompanhada”. “Na ausência de tais requisitos, a massa torna-se crua e sem vida”.
O “peso do rancor religioso” citado por Gondim, pode também ser relacionado com a defesa de fé de algumas denominações evangélicas e Bernardo afirma que muitas carecem de parâmetros e basamento bíblico.
“Há uma constante suspeita quanto ao desconhecido - cristãos menos abertos ao debate tendem a demonizar tudo que, aparentemente, lhe pareça estranho ou distante. Foi assim quando da chegada da televisão ao Brasil.”
Bernardo completa dizendo, “ mesmo ocorre quando do tratamento de questões políticas e da família. Há grupos evangélicos que chegam até mesmo a proibir o uso de preservativos e vasectomia - são poucos, mas existem em nosso meio.”
Apesar de todos os problemas, afastar-se do movimento evangélico, não significa necessariamente um afastamento de Deus e de seu Reino, afirma o apologista.
“Quando alguém se diz insatisfeito com o movimento (no caso, evangélico), não está, necessariamente, abdicando da Igreja Invisível - seu amor a Cristo e ao Reino de Deus deverá continuar firme e inabalável.”
Fonte Christian Post
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