A poesia de J.T.Parreira é poesia maior. É poesia que, ao ser lida, inevitavelmente produz a libertadora (e infelizmente rara) sensação de uma lufada de ar que nos eleva e, de roldão, transmigra-nos de nosso dia-a-dia corrido e muitas vezes repleto de sensaboria, para a dimensão poiética, de enlevo, fascinação e gozo auferidos pelas palavras ao serem laboriosamente re-alinhadas para que ofereçam o seu melhor.
Nesses 29 poemas, escritos entre fins de 2011 e início de 2012, o vate português dá provas de seu dom de ampliar, ou melhor dito, alar as palavras, trabalhando os temas bíblicos, reafirmando poeticamente sua transcendência divina, ao re-capturar e re-vestir o que eu chamaria de seu élan (ímpeto, vigor) devocional, como no poema que inspira o título do livro (O Salmo VIII), ou neste Pró Salmo 121:
Elevo os meus olhos para os montes
e há um monte deles
mesmo em frente, quando caminho
no cimo dos montes as Tuas mãos
fazem o resguardo do abismo
a minha fadiga é soletrada nas palavras
com que peço socorro, o meu olhar
por isso se alonga, outras vezes
vou mais depressa
pareço um adolescente a distender as pernas
e corro sem temer o sol
nem os mistérios da lua.
Sou tão pouco perante os montes
mas eles ficam para trás e não são
mais do que poeira amontoada.
Como editor, me regozijo em oferecer aos leitores mais este volume, pequenina cornucópia de pérolas - a serem degustadas com os olhos da alma. E singela amostragem do melhor da poesia evangélica produzida atualmente em nossa língua.
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Sammis Reachers
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