Pastor se recusa a deixar cidade em guerra na Síria: "No final sempre há ressurreição"


Pai carrega seus filhos em meio a conflito em Aleppo. (Foto: International Business Times)


Rev. Ibrahim Nseir contou porque se recusa a deixar a cidade de Aleppo, mesmo com a intensa guerra civil que está destruindo a região e matando centenas de milhares.

De uma membresia de 500 famílias reduzida a 140 membros - a história de uma congregação evangélica em Aleppo (Síria) tem servido para ilustrar a situação angustiante da cidade devastada pela guerra.

Um pastor sírio deu uma visão sobre como é a vida para ele e seu povo na linha de frente da brutal guerra civil que está arruinando diversas cidades do país.

Rev. Ibrahim Nseir é o pastor da Igreja Evangélica Presbiteriana Árabe de Aleppo, situada nas proximidades da zona de conflito. Ele diz que sua igreja tem diminuído em números e membros, mas ele se recusa a sair.

Ele falou com a BBC sobre como é a vida em uma zona de batalha e afirmou que está vendo grande parte da cidade ser destruída.

"Eles estão nos atacando porque não querem cristãos neste país", disse ele sobre os rebeldes, que ele descreveu como "terroristas". "Eles estão tentando estabelecer o Estado islâmico, que está longe de se assemelhar a qualquer tipo de civilização".

Ibrahim relatou que a a maioria dos cristãos fugiram da cidade, por causa da guerra e que a Síria viveu por décadas em clima de paz.

"75% dos cristãos partiram, legal ou ilegalmente", disse ele. "Eles queriam que estivéssemos longe deste país, mas vivemos aqui por longas décadas, pacificamente".

O pastor não criticou o regime do presidente Assad, que é visto por muitos cristãos sírios como seu "protetor", apesar da violência perpetrada por suas forças sobre outros grupos.

Também em seu depoimento à BBC, o pastor lembrou o motivo pelo qual se recusa a sair da cidade que está em guerra.

"Os cristãos são chamados a serem o sal do mundo. De acordo com Jesus Cristo, nosso Senhor, somos chamados a carregar a nossa cruz e estamos carregando a cruz deste país", disse.

Quando lhe perguntaram sobre as perspectivas para o futuro, ele disse: "Eu sou chamado a servir a Jesus Cristo, não sou chamado a condenar ninguém... Creio que sempre há ressurreição - embora às vezes vivenciemos a morte - mas no final teremos ressurreição. A ressurreição está chegando a Alepo!".

Guiame

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