Arqueólogos de Israel revelam descobertas que remetem a relatos bíblicos

Provável local descrito em Atos 8 foi escavado em uma colina de Jerusalém
Um novo sítio arqueológico “extraordinariamente belo” foi inaugurado em Jerusalém, onde foram feitas descobertas que remetem a relatos bíblicos.

A Autoridade das Antiguidades de Israel autorizou a abertura de um parque natural na quarta-feira (31), perto de Jerusalém, após cinco anos de escavações em Ein Hanya, a segunda maior fonte de água natural da Judeia.

Trata-se de um local importante na história do cristianismo e por pertencer à uma igreja, o acesso ao local será gratuito.

Os arqueólogos apresentaram algumas das descobertas feitas no local, incluindo uma coluna típica das estruturas reais do período do Primeiro Templo – cerca de 2.400 a 2.800 anos atrás – o que pode indicar que ali funcionou alguma estrutura ligada ao reinado de Salomão.

As obras de escavações e conservação foram realizadas entre 2012 e 2016, no espaço do Parque Nacional do Vale de Refaim. A cerimônia de inauguração contou com a participação de Ze’ev Elkin, ministro da proteção ambiental e dos assuntos de Jerusalém, o prefeito de Jerusalém Nir Barkat; e Sevan Gharibian, responsável pelo Patriarcado Apostólico Armênio de Jerusalém, que é dono da área.

A maior descoberta foi um grande sistema de piscinas naturais. Segundo Irina Zilberbod, diretora de escavação da IAA, elas faziam parte de um complexo espaçoso de uma antiga igreja que funcionou no local no período bizantino. Ela explicou que embora fosse “difícil precisar para o que era utilizada a grande piscina”, o mais provável é que era para cerimônias de batismo”.

“Acreditamos que alguns dos primeiros escritores cristãos identificaram Ein Hanya como o local onde o eunuco etíope foi batizado, conforme descrito em Atos 8:26-40”, disse o arqueólogo, Dr. Yuval Baruch.

“O batismo do eunuco por Filipe foi um dos principais acontecimentos na propagação do cristianismo”, disse ele. “Portanto, identificar o lugar onde isso ocorreu despertou a atenção de estudiosos por muitas gerações. Não é de admirar que este local ainda seja de propriedade dos cristãos e continue sendo usado para cerimônias religiosas, tanto da Igreja Armênia como da Igreja etíope”.

Além de fragmentos de cerâmica, chama atenção a relação com uma moeda de prata, um dracma grego do século IV aC, uma das mais antigas já encontrada em escavações em Jerusalém. 

Com informações de Times of Israel

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