"A legalização não acabaria com o narcotráfico", diz Alexandre Zakir

Em entrevista exclusiva ao Guiame, o delegado cristão e apresentador do programa "Operação de Risco" na "Rede TV!", Alexandre Zakir falou sobre o seu posicionamento em relação à legalização da maconha.

Tema que ainda tem rendido grandes discussões, a legalização da maconha foi debatida mais uma vez na última quarta-feira, durante as gravações da próxima edição do Programa "SuperPop", que irá ao ar nesta segunda-feira, 24/02, às 23h, pela "RedeTV!".

Participaram do programa apresentado por Luciana Gimenez, a psicóloga paranaense Marisa Lobo, o apresentador e corregedor Geral da Administração do Governo de SP Alexandre Zakir, o Coronel da Reserva da Polícia Militar e deputado estadual Edson Ferrarini, a candidata do PPS à prefeitura de São Paulo Soninha Francine, o doutor em História pela USP Henrique Carneiro e a artista plástica Maria Antônia Goulart.

Em entrevista exclusiva ao Guiame, o delegado cristão e apresentador do programa "Operação de Risco" na "Rede TV!", Alexandre Zakir falou sobre o seu posicionamento em relação à legalização da maconha, apontou alguns questionamentos que devem ser considerados e destacou alguns problemas que devem ser combatidos com veemência neste contexto. 

Zakir destacou que existem sim, grandes problemas sociais, gerados pelo narcotráfico, mas lembrou que isto não justifica uma medida como a legalização.

"O modelo atual de combate ao tráfico não se mostrou eficiente, e, em razão dessa ineficiência, alguns argumentos como 'a liberação do uso da maconha acabará com o tráfico e com seu poder, diminuirá a criminalidade e a violência' aparentemente podem ser sedutores e sustentáveis. Assim acho que o pretexto de não termos obtido sucesso na repressão de um crime não deve ser argumento para legalizarmos esse comportamento", destacou.

Além disso, o delegado propôs alguns questionamentos que são válidos nesta discussão, rebatendo argumentos como diminuição da violência e narcotráfico ou também se perguntando se os traficantes não buscariam outras formas de agir com esta legalização.

"Precisamos ponderar e principalmente ver os resultados obtidos com experiências em outros países. Por isso devemos responder algumas questões como: 'O fato do modelo atual de combate ao tráfico ter falhado justifica abrirmos mão de proteger a sociedade contra comportamentos que a colocam em risco sem antes buscarmos outras formas de combater a ação dos traficantes?'; 'A liberação da maconha acabaria com a empreitada criminosa?'; 'Os traficantes abririam mão de comercializar outras drogas?'. 

Sob o pretexto da legalização, algumas pessoas argumentam que o estado controlaria melhor o comércio do entorpecente, mas será que os traficantes não tentariam utilizar as estruturas legalizadas de comércio para também colocar à disposição da sociedade outros entorpecentes com efeitos claramente devastadores? 

Os usuários que fazem uso de quantidades superiores às reguladas pelo Estado buscariam suprir as necessidades de consumo com os traficantes?'. Penso que o comércio das demais drogas não acabaria", alertou. 

Outro perigo citado por Zakir seria o aumento da dificuldade de se fiscalizar a comercialização de outras drogas - que continuariam sendo ilegais - próximo a lojas do produto supostamente legalizado.

"Também acho que a oportunidade de comercializá-las em locais frequentados por usuários de maconha seria uma grande oportunidade para esta prática - ressaltando que nesses casos a dificuldade de se fiscalizar seria até mesmo maior!", frisou.

Marisa Lobo
Quando questionado sobre trabalhos de combate à legalização da maconha, como os realizados pela psicóloga e palestrante Marisa Lobo ("Maconha Não"), Zakir reafirmou a importância destes projetos.

"O trabalho da psicóloga Marisa tem grande importância, pois desperta na sociedade a discussão sobre um tema delicado e que precisa de muita reflexão, para que decisões tomadas sob o calor das emoções não venham causar mais males sociais", disse.

Debate
Apesar de suas opiniões contrárias à legalização Alexandre não dispensou a importância de levar isto a debate em público, destacando os verdadeiros objetivos de um diálogo saudável.

"Acho que todo debate deve levar as pessoas a refletirem sobre o tema e se afastarem de interesses pessoais para assumirem posturas coletivas responsáveis, que beneficiem o coletivo e não apenas que atendam a interesses de pequenos grupos", finalizou.

Caso queira conferir, como se desenrolou este debate, é só assistir hoje (24/02), às 23h, no programa "SuperPop" (RedeTV!).

Para saber mais sobre o trabalho de Alexandre Zakir, curta a sua fanpage no Facebook:Facebook.com/alexandrezakir .

Por João Neto - www.guiame.com.br

Imagem: RedeTV.com.br

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