Missões que atuam no país estão preocupadas
Desde o final do ano passado, as notícias sobre a perseguição de cristãos em Israel têm aumentado. Alguns eventos foram marcantes. Em 24 de novembro de 2013, um juiz de imigração israelense ordenou a deportação para da Inglaterra de Barry Barnett, um judeu messiânico.
Ele fora preso uma semana antes, enquanto participava de um evento de evangelismo realizado pela missão Judeus por Jesus na cidade de Be’er Shiva, no sul de Israel. As autoridades o detiveram e expulsaram do país pois, segundo o juiz, Barnett não foi autorizado a participar de atividade missionária dentro de Israel.
Esta foi a primeira detenção e deportação de um membro do Judeus por Jesus em Israel. A decisão gerou preocupações dentro da missão. Eles acreditam que estão sendo vigiados pelo serviço de imigração que provavelmente estão seguindo ordens da comunidade judaica ultraortodoxa e possui grande poder político no país.
Dan Serede, diretor da missão em Israel, explica que eles ensinam o verdadeiro judaísmo, pois foi feita uma Nova Aliança de Deus com os Judeus em Jesus Cristo, o Messias. Daí o nome “judeus messiânicos”.
Para ele a preocupação nos últimos meses tem sido que a decisão servirá como precedente legal para expulsar outros estrangeiros que estejam envolvidos em quaisquer atividade religiosa considerada “inaceitável” para o governo de Israel. Neste caso, a evangelização.
Apesar de leis que preveem a liberdade religiosa, na prática do governo israelense vem aumentando gradativamente as pressões contra atividades missionárias desde 2012. A missão A Voz dos Mártires, que trabalha denunciando a perseguição de cristãos em todo o mundo, passou a classificar Israel como uma “nação hostil” em seu relatório anual.
Embora tivesse registro de “ações restritivas” contra cristãos por parte de muçulmanos, especialmente nos chamados territórios ocupados de Israel, o número crescente de sequestros, atentados, pichações anticristãs e até assassinatos influenciaram a análise.
Segundo a Voz dos Mártires, “mais de 120 mil cristãos vivem em Israel, incluindo cerca de 17.000 judeus messiânicos. Há uma estimativa de 8.000 palestinos que hoje são evangélicos. Entre os árabes convertidos, 1.400 vivem na Cisjordânia e 300 em Gaza.
Outro aspecto onde se percebe a perseguição é no sistema legal. Desde 2010, existem batalhas judiciais para o reconhecimento de congregações messiânicas em pé de igualdade com as sinagogas. Oficialmente o governo nega qualquer discriminação ou perseguição, ressaltando que uma das maiores fontes de renda do país é justamente o turismo de cristãos. Aparentemente, passar por Israel sendo cristão é uma coisa, viver em Israel como cristão é outra bem diferente.
Com informações Prophecy News Watch
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