História bíblica fala de ameaça de persas contra os judeus
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deu ao presidente Barack Obama uma cópia do Livro de Ester, após seu encontro na Casa Branca.
Pouco divulgado pela mídia, o presente traz consigo uma mensagem clara. A narrativa bíblica conta a história dos judeus lutando contra uma conspiração genocida feita pelos antigos persas.
Netanyahu vê a ameaça nuclear do Irã moderno igualmente crucial para a existência de Israel.
No encontro de ontem, Obama reafirmou o papel dos Estados Unidos como aliados, dizendo que “os EUA sempre apoiarão Israel”. Porém, o governo americano insiste que há necessidade de dar-se uma chance à diplomacia. Sua posição reflete uma posição cuidadosa dos EUA e qualquer eventual ação militar deverá demorar muitos meses.
Netanyahu, que não mencionou a diplomacia, enfatizou o direito de Israel de se defender. Seus assessores dizem que o presente do líder israelense foi uma maneira de apresentar uma “leitura histórica” sobre os iranianos, que são descentes dos antigos persas.
O Livro de Ester é lido durante o feriado judeu de Purim, que inicia nesta quarta-feira. Ele conta a história de uma tentativa feita na antiga Pérsia, de matar todos os judeus que estavam sob o domínio desse império. A trama se desenrola de tal forma que o homem que pede o extermínio dos judeus acaba sendo morto juntamente com sua família.
Autoridades israelenses vêem isso como uma dica não muito sutil sobre como Netanyahu vê a situação atual. O primeiro-ministro israelense acredita que o objetivo do Irã é a destruição do Estado de Israel e, portanto, crê em uma urgência especial para lidar com esta ameaça.
Segundo fontes israelenses e uma breve declaração feita pelo próprio primeiro-ministro, o principal motivo de sua reunião com Obama foi deixar claro o que poderia ser visto como uma verdade óbvia: Israel tem o direito de agir por conta própria para defender-se.
Não ficou claro se Obama e Netanyahu realmente concordam sobre o próximo passo nessa negociação complicada.
Dennis Ross, até recentemente assessor de Obama sobre o Irã e agora conselheiro do Instituto Washington para Política do Oriente Médio, disse que Israel e os EUA têm visões diferentes sobre o programa nuclear do Irã. De acordo com Ross, a vulnerabilidade de Israel e sua menor capacidade militar lhe deixa com menos tempo para lidar com o Irã. Porém, os Estados Unidos, com poderio militar significativamente maior poderia impedir o Irã, mesmo em fases posteriores, de continuar com seus projetos nucleares.
Há uma desconfiança do lado israelense nas negociações com Obama. O presidente americano fez questão de defender os palestinos em seu discurso no Comitê de Assunto Públicos no domingo, e falou publicamente sobre sua preocupação com o processo de paz na região.
Assessores de Netanyahu lembram que esta foi a nona reunião de Netanyahu com Obama, mas a primeira desde que o Irã passou a ser uma ameaça maior que os palestinos.
Traduzido e adaptado de Forward
Pouco divulgado pela mídia, o presente traz consigo uma mensagem clara. A narrativa bíblica conta a história dos judeus lutando contra uma conspiração genocida feita pelos antigos persas.
Netanyahu vê a ameaça nuclear do Irã moderno igualmente crucial para a existência de Israel.
No encontro de ontem, Obama reafirmou o papel dos Estados Unidos como aliados, dizendo que “os EUA sempre apoiarão Israel”. Porém, o governo americano insiste que há necessidade de dar-se uma chance à diplomacia. Sua posição reflete uma posição cuidadosa dos EUA e qualquer eventual ação militar deverá demorar muitos meses.
Netanyahu, que não mencionou a diplomacia, enfatizou o direito de Israel de se defender. Seus assessores dizem que o presente do líder israelense foi uma maneira de apresentar uma “leitura histórica” sobre os iranianos, que são descentes dos antigos persas.
O Livro de Ester é lido durante o feriado judeu de Purim, que inicia nesta quarta-feira. Ele conta a história de uma tentativa feita na antiga Pérsia, de matar todos os judeus que estavam sob o domínio desse império. A trama se desenrola de tal forma que o homem que pede o extermínio dos judeus acaba sendo morto juntamente com sua família.
Autoridades israelenses vêem isso como uma dica não muito sutil sobre como Netanyahu vê a situação atual. O primeiro-ministro israelense acredita que o objetivo do Irã é a destruição do Estado de Israel e, portanto, crê em uma urgência especial para lidar com esta ameaça.
Segundo fontes israelenses e uma breve declaração feita pelo próprio primeiro-ministro, o principal motivo de sua reunião com Obama foi deixar claro o que poderia ser visto como uma verdade óbvia: Israel tem o direito de agir por conta própria para defender-se.
Não ficou claro se Obama e Netanyahu realmente concordam sobre o próximo passo nessa negociação complicada.
Dennis Ross, até recentemente assessor de Obama sobre o Irã e agora conselheiro do Instituto Washington para Política do Oriente Médio, disse que Israel e os EUA têm visões diferentes sobre o programa nuclear do Irã. De acordo com Ross, a vulnerabilidade de Israel e sua menor capacidade militar lhe deixa com menos tempo para lidar com o Irã. Porém, os Estados Unidos, com poderio militar significativamente maior poderia impedir o Irã, mesmo em fases posteriores, de continuar com seus projetos nucleares.
Há uma desconfiança do lado israelense nas negociações com Obama. O presidente americano fez questão de defender os palestinos em seu discurso no Comitê de Assunto Públicos no domingo, e falou publicamente sobre sua preocupação com o processo de paz na região.
Assessores de Netanyahu lembram que esta foi a nona reunião de Netanyahu com Obama, mas a primeira desde que o Irã passou a ser uma ameaça maior que os palestinos.
Traduzido e adaptado de Forward
Gospel Prime
Nenhum comentário:
Postar um comentário