Judeus e muçulmanos se unem para reconstruir igrejas negras queimadas nos EUA

- Pelo menos seis igrejas da comunidade cristã negra dos Estados Unidos foram queimadas, após o massacre na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, em Charleston, na Carolina do Sul, que resultou em nove mortos no mês passado.

Pelo menos seis igrejas da comunidade cristã negra dos Estados Unidos foram queimadas, após o massacre na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, em Charleston, na Carolina do Sul, que resultou em nove mortos no mês passado.

Em três destes incêndios, as autoridades descartaram a possibilidade de crime de ódio racial. Por outro lado, alguns líderes dessas igrejas localizadas em Charlotte, na Carolina do Norte; Knoxville, no Tennessee; e Macon, na Geórgia, têm desconfiado cada vez mais dos motivos destes recentes ataques. 

Durante o processo de reconstrução dessas igrejas, dezenas de instituições religiosas e ONGs têm levantado dinheiro para ajudar as comunidades cristãs. Para a surpresa de alguns pastores, os esforços estão sendo parcialmente conduzidos por líderes judeus e muçulmanos, que compreendem tanto a santidade dos locais de culto como a gravidade dos ataques contra eles.

A rabina Susan Talve, que dirige a Congregação da Reforma Central em St Louis, Missouri, disse que uma coalizão de mais de 150 instituições religiosas levantou cerca de 150 mil dólares, tendo como meta arrecadar 250 mil para ajudar a reconstruir as igrejas negras. Ela conta que os grupos envolvidos o fundo para as igrejas negras começaram a trabalhar juntos após a morte do adolescente negro Michael Brown, morto por um policial branco enquanto estava desarmado, em Ferguson.

Quando as igrejas negras foram atacadas, Talve conta que o grupo rapidamente entrou em contato com os pastores dessas igrejas. "Acreditamos que a igreja é o coração e a alma de uma comunidade", disse Talve. 

"Então nós queríamos ajudá-los. Se você queimá-las com ódio, nós vamos construí-las de volta com amor. Se você queimá-las, nós vamos construí-las de volta, melhores e mais fortes."

Faatimah Knight, uma estudante muçulmana negra de 23 anos, ajudou a organizar um grupo de ONGs ligadas ao islamismo. Em uma semana, a campanha levantou cerca de 58 mil dólares, com mais de mais de 1.300 doadores. Knight afirma que a meta do grupo é atingir 75 mil dólares, e está considerando elevar esse valor para 100 mil.

guiame

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