Cristãos perseguindo cristãos.(Parte1).

“Eu sei que depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” Atos 20:29-30.

A pior espécie de perseguição é aquela em que cristãos perseguem cristãos. Isto soa como algo horrendo, mas é verdade, e acontece.

A bíblia nos adverte acerca de muitas coisas:”...muitos hão de trair e odiar uns aos outros”, Mateus 24:10. É um pensamento muito triste, mas será mais e mais real à medida que o fim dos tempos se aproximar. Muitos cristãos, num desejo de evitar perseguições e salvar sua própria vida, trairão seus próprios companheiros cristãos.

E isto não é acontecimento apenas para o fim dos tempos, como veremos neste capítulo: já esta acontecendo.

Jesus Cristo não foi condenado pelos romanos, mas pelos “piedosos” judeus: fariseus, principais dos sacerdotes e escribas. Eles o odiavam, embora proclamasse o mesmo Deus, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

A razão por que o odiavam era simples: a posição deles estava ameaçada. O povo seguia a Jesus e não a eles. Para evitar a queda do seu próprio reino, decidiram matar Jesus. Até Pilatos percebeu que a verdadeira razão por que os principais dos sacerdotes entregaram Jesus era a inveja: Mateus 15:10.

Pilatos mesmo sendo pagão, quis proteger Jesus daqueles “piedosos” judeus que pediam a morte do Mestre.

Os apóstolos também sofreram o mesmo tipo de perseguição. Embora fossem enviados a um mundo pagão, eram perseguidos pelos judeus religiosos. Expulsos do Templo e de sinagogas, eram lançados em prisões.

O primeiro mártir foi um diácono, Estevão. Saulo, o judeu religioso, cuidou das vestes dos seus amigos judeus, para que pudessem movimentar-se mais facilmente enquanto apedrejavam Estevão. “Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém...Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere”, Atos 8:1-3.

O piedoso e religioso Saulo tinha um só propósito: matar os cristãos. “Porque ouvistes...como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava” Gl 1:13

A igreja divergente.
Deveríamos sondar nossos próprios corações antes de confessarmos que ignoramos aqueles que não pertencem à “nossa igreja”, acusando-nos de sectaristas. Todos os domingos recitamos piedosamente o credo; “ Creio na comunhão dos santos”, mas acrescentamos nossa própria interpretação: a comunhão dos santos da “nossa igreja”.

Aqueles que não pertencem à nossa igreja não podem ter comunhão conosco. Desta maneira, o fundamento da união já não é Jesus, mas a igreja como instituição.

Esta é uma tendência perigosa e também antibíblica. Praticamos o grande erro de que Paulo nos adverte: “... alguém diz: Eu sou de Paulo; e outro: Eu sou de Apolo...:, 1 Co 3:4.

O que Paulo teria a dizer-nos sobre nossa divisão? O mesmo que ele disse aos coríntios: “ Ainda sois carnais”, 1 Co 3:3

Em face dos tempos difíceis que virão, não podemos dar-nos ao luxo de uma liberdade de brigar uns com os outros. Precisamos uns dos outros, especialmente em tempos de necessidade.

Se o amor de Cristo esta derramado em nossos corações, então podemos olhar nosso irmão de outra igreja, oferecer-lhe a destra de companhia e sentir que pertencemos à única família de Deus. Logo, não é necessário que nos tornemos uma grande igreja nacional. Isto requer uma unidade espiritual que deve tornar-se visível de uma forma prática.

“Veja como eles se amam!” deveria ser a reação do mundo.
Continua.....
Extraído do livro
Quando vem a perseguição.
CPAD

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