Sou puro demais, não penso nisso

Recentemente fiz uma pesquisa com 200 jovens, sobre qual seria o momento em que a carência aumentava e que o fato de se estar sozinho causava um incomodo maior.

Para minha surpresa, a maior carência não foi narrada quando você está assistindo um casamento ou até mesmo quando você sai com vários amigos e todos eles estão namorando, menos você. A situação que dominou a pesquisa foi: “Quando eu vejo um filme romântico”.

Vai dizer que você nunca deu longos suspiros ao ver o ‘mocinho’ atravessar sete mares, enfrentar furacões e vendavais só pra no final correr ao seu encontro, te pegar no colo e, te girando no ar, dar aquele beijo hollywoodiano e, nesse momento, enquanto acontece mais um: “Felizes Para Sempre”, os créditos do filme começam a subir.

Seja num “Cavalo Branco” ou num “Camaro Amarelo”, o príncipe encantado acabou de salvar o mundo só pra conquistar o seu coração.

A gente vê isso, se emociona, chora e pergunta: “Por que isso não acontece comigo? Buáááá!”

Não vou dizer que finais felizes não existam, pelo contrário, todos nós que temos a Cristo como salvador teremos um final feliz, mas com certeza o nosso “feliz para sempre” não acontece após o primeiro e romântico beijo. Depois disso tem muita água para passar debaixo dessa ponte.

Somos programados para lutar de todas as formas para conquistar o nosso ‘grande amor’, mas somos estimulados, igualmente, para desistir dele na primeira briguinha que acontece. Esse mesmo filme que mostra a necessidade de se ter um felizes para sempre, também estimula o adultério e o divorcio como se fosse algo normal. Posso ser sincero? Não é normal NÃO! Deus não te fez para pular de relacionamento em relacionamento e muito menos de casamento em casamento.

Existem príncipes encantados sim, mas como gosto de dizer: “Para ser príncipe basta ser homem e para ser encantado basta ter caráter!”

Não é o fato de eu derrotar dragões e lutar contra um exército inimigo que vai fazer com que a minha princesa viva feliz para sempre, mas sim o fato de saber ama-la, cuidar dela, pagar as contas, honrar sua família e outras coisinhas. Neste momento você pode pensar: “mas o que tem de especial ou mágico em pagar as contas e amar minha esposa?” Eu te respondo: Não há nada mais sublime do que saber que o seu trabalho é para valorizar a pessoa que você mais ama na terra. E da mesma forma as mulheres que tão abnegadamente cuidam de nós homens, por que apesar de fortes gostamos e muito de ser cuidados.

Vai dizer que você nunca chorou vendo um filme romântico ou um final de novela? Será que é puro demais e nem pensa nisso?!

Na paz d’Aquele que escreve o nosso “PARA SEMPRE”.

Felipe Heiderich
Pastor e apresentador de TV

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