"Rede Globo no armário": emissora ‘prova’ existência de ex-gay

Não há mais dúvida: existe ex-gay, sim. Quem fez a ‘conversão’ não foi psicólogo nem pastor evangélico. O prodígio é da Globo.

Há um ex-gay em Babilônia, a novela eclipsada pelo beijo na boca entre as senhoras lésbicas interpretadas por Fernanda Montenegro e Nathália Timberg.

Pela sinopse, o instrutor de saltos ornamentais Carlos Alberto (Marcos Pasquim) seria um homossexual enrustido que forjou ser hétero, casou, teve filho e, já quarentão, decide se assumir gay por estar apaixonado pelo professor de slackline Ivan (Marcello Melo Jr.).

Assustada com a reação negativa de parte do público, que reprovou as manifestações de afeto das elegantes octogenárias Teresa e Estela, a Globo foi correndo para dentro do armário.

Carlos voltou a ser hétero antes mesmo de se revelar gay. Agora ele ficará interessado por Regina (Camila Pitanga), a heroína do balacobaco. O flerte começa esta semana.

Pasquim, que estava animado com o ineditismo de um personagem homossexual em sua carreira e se dizia preparado para o beijo gay, volta à zona de conforto: viver um sedutor hétero.

A química morna entre Regina e Vinícius (Thiago Fragoso) suscita a possibilidade de a heroína compor um par romântico bem mais interessante (e quente) com Carlos Alberto.

Enquanto isso, Ivan continuará homossexual — e sozinho, servindo somente como ‘ombro amigo’ para o pegador Diogo (Thiago Martins).

Terra

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