Coalizão comandada pela Arábia Saudita faz novos "ataques no Iêmen"

Segundo testemunhas, explosões foram ouvidas na capital Sanaa, dominada por rebeldes huthis

Aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita atacaram na madrugada desta sexta-feira posições dos rebeldes xiitas no Iêmen, enquanto o Irã advertia para o risco desta intervenção internacional.

Fortes explosões sacudiram Sanaa, em meio aos disparos da artilharia antiaérea, constatou um jornalista da AFP. Segundo testemunhas, o ataque visou uma base militar no oeste da capital iemenita em poder dos rebeldes huthis, apoiados por Teerã.

— Os bombardeios da operação "Tormenta decisiva", que começaram na madrugada de quinta-feira, foram um sucesso e se estenderão até que se alcance os objetivos — declarou um porta-voz da coalizão, descartando uma ofensiva terrestre.

Enquanto o presidente iemenita, Abd Rabo Mansur Hadi, viajava ao Cairo para participar de uma cúpula dos países árabes e buscar apoio externo, o líder dos rebeldes huthis, Abdel Malek al Huti, considerava "injustificada" a "agressão criminosa opressiva" da coalizão.

Os Estados Unidos, em plenas negociações com Teerã, sobre o programa nuclear iraniano, prometeu apoio logístico e de inteligência à coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, mas sem participar diretamente. A Casa Branca manifestou sua preocupação com as atividades iranianas no Iêmen.

Alistari Baskey, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, informou que estas ações, além dos informes do fluxo de armas iranianas ao Iêmen, estão contribuindo para desestabilizar a situação e contribuindo para a ameaça ao governo legítimo.

Além da Arábia Saudita, Bahrein, Kwait e Qatar, países do Golfo vizinhos do Iêmen, a operação militar conta, entre outros, com a participação de Egito, Jordânia, Sudão, Paquistão ou Marrocos, segundo várias fontes.

informações Agência de Notícia AFP/OGlobo

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