Menino de 8 anos foi abandonado pelos avós, com quem vivia. Escola é especializada em cuidar de crianças com a doença.
Kun Kun, uma criança soropositiva chinesa de 8 anos, que no mês de dezembro ficou famoso depois que seus vizinhos pediram sua expulsão da cidade onde vivia por conta da doença, foi finalmente levado a uma escola especializada em crianças com a doença, a cerca de 800 quilômetros de sua casa.
Segundo revela nesta segunda-feira (30) o jornal "Global Times", os moradores da cidade de Shufangya, na província central chinesa de Sichuan, conseguiram essa controversa expulsão e, apesar dos protestos de grupos de direitos humanos e inclusive da Organização das Nações Unidas, forçaram Kun Kun a abandonar a cidade.
O avô do menor, que foi um dos signatários da carta que pedia sua expulsão, levou a criança em 3 de março à Escola Cinta Roja de Linfen (na província setentrional de Shanxi) e aproveitou que este dormia para ser levado sem se despedir, informou o jornal "Beijing Times', que publicou fotos de Kun Kun em seu novo lar.
Os professores dessa escola, única da China especializada no cuidado de crianças com o vírus HIV, relataram à imprensa que o menino está se adaptando rapidamente a seu novo lar, embora sua saúde seja mais delicada que a de outras meninos, já que começou relativamente tarde -em novembro- a ser medicado.
Kun Kun herdou o vírus de sua mãe durante a gravidez e vivia com seus avôs pelo fato de que ela o abandonou pouco após nascer e o pai emigrou a Cantão para buscar trabalho.
Os médicos descobriram que a criança era soropositivo em 2011, quando a mesma foi tratar pequenas feridas.
Desde então, Kun Kun foi rejeitado nas escolas locais, apesar de isso ser ilegal no país asiático.
Os habitantes da cidade tomaram a polêmica decisão de votar e aprovar a expulsão do menor justificando que era uma medida para "proteger a saúde dos vizinhos".
O avô da criança, um dos defensores da medida, assegurou que ele e sua esposa eram velhos demais para continuar cuidando de Kun Kun.
Notícias Internacionais/EFE
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