Pais suspeitavam de agressão; laudo apontou problema cardíaco.
O estudante Peterson Teixeira de Oliveira, 14, filho adotivo de um casal gay, que teria sido agredido em uma escola na cidade de Ferraz de Vasconcelos, zona leste de São Paulo, morreu de causas naturais, conforme o laudo do exame necroscópico divulgado na sexta-feira, 27.
O garoto foi internado em 5 de março depois de passar mal na escola, horas depois de uma briga com colegas de sala. Peterson deu entrada no Hospital Regional, com quadro de parada cardiorrespiratória, onde ficou quatro dias em coma antes de falecer.
No dia em que menino foi internado, a Polícia Civil recebeu denúncia anônima segundo a qual o adolescente havia sido espancado porque era filho adotivo de um casal gay. Na época, um inquérito policial chegou a ser aberto para apurar o a denúncia, que não se confirmou.
Mesmo antes de qualquer conclusão do inquérito policial – e antes da divulgação do laudo necroscópico – o deputado federal Jean Wyllys usou como exemplo de homofobia e chegou a acusar os defensores da família tradicional de contribuição na morte de Peterson:
“Será que os defensores do famigerado Estatuto da Família, ao advogarem contra nossas famílias e contra nosso direito a ter e ser família, sentem-se responsáveis de alguma forma por esse crime?”
Porém, o laudo sobre as causas da morte apontou que Peterson teve um problema no coração: ele sofria de cardiomiopatia hipertrófica.
Laudo aponta que adolescente não sofreu agressão (Foto: Reprodução/TV Diário)
O delegado que investiga o caso, Eduardo Boigues, informou que o coração era muito grande para a idade dele. “Não tem como relacionar a briga que ele teve às 7h da manhã com um problema de arritimia ocorrido às 10h30 por conta do problema que ele tinha no coração. Ele não tinha lesão e não tinha nenhum trauma no crânio”, explica o delegado.
Mais uma vez, o deputado Jean Wyllys se precipitou por conta de sua obsessão em atribuir toda e qualquer morte de homossexual que aparece na mídia à “homofobia”.
Com informações G1
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