Heitor, de 5 anos, teve dieta liberada; estado de saúde é regular, diz boletim. Ele se recupera de separação do irmão Arthur, que não resistiu e morreu.
O gêmeo siamês separado Heitor Brandão, de 5 anos, apresentou melhoras em seu quadro clínico na tarde desta sexta-feira (20). Segundo boletim divulgado pelo Hospital Materno Infantil (HMI) nesta tarde, ele apresenta estado de saúde regular.
O gêmeo siamês separado Heitor Brandão, de 5 anos, apresentou melhoras em seu quadro clínico na tarde desta sexta-feira (20). Segundo boletim divulgado pelo Hospital Materno Infantil (HMI) nesta tarde, ele apresenta estado de saúde regular.
De acordo com o cirurgião pediatra Zacharias Calil, que acompanha o garoto desde o seu nacimento, um dos motivos para a melhora é a fisioterapia.
(Correção: na publicação desta reportagem, o G1 informou que era a primeira vez que Heitor apresentava estado de saúde regular. Porém, o menino já teve quadro clínico semelhante antes, no dia 7 de março. A informação foi corrigida às 19h23)
"O rendimento dele está muito bom por causa da fisioterapia. Ele está fazendo cerca de 12 horas [de sessões] por dia. Tem uma profissional que fica exclusivamente por conta dele. Tá dando uma canseira no garoto", diz ao G1.
O médico revelou ainda que o processo de cicatrização do menino também está em evolução. "Antes, os curativos nos locais das lesões tinham que ser feitos diariamente. Agora esse procedimento ocorre de dois em dois dias", destaca.
Ainda segundo o HMI, o garoto segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica respirando com auxílio de oxigênio inalatório.
Heitor, que estava se alimentando somente por líquidos, também teve sua dieta completamente liberada. Ele segue recebendo os alimentos através de uma sonda, mas o processo está sendo intercalado pela ingestão feita diretamente pela boca.
Visita
Na quinta-feira (19), Heitor recebeu a visita da estudante Larissa Gonçalves, que em 2000 também passou por uma cirurgia de separação da irmã siamesa. A garota, que tem hoje 15 anos, contou como foi a experiência.
“Nós conversamos muito, ele me contou sobre presentes que ganhou, foi muito emocionante. Saber que já passei por aquilo também, e eu sei que não é fácil, mas ele vai conseguir superar”, disse Larissa ao G1. “Acho que ele poder ver uma pessoa que seja igual a ele é muito motivador”, completou.
Larissa e a irmã Lorrayne nasceram em setembro de 1999 em Goiânia. As gêmeas eram unidas pelo abdômen e pela pelve, compartilhando rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. As siamesas foram separadas aos 10 meses de vida, em julho de 2000.Elas foram as primeiras siamesas separadas no estado.
Aos sete anos, em maio de 2007, Lorrayne morreu na casa em morava, em Santo Antônio de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Ela se engasgou com leite e teve embolia pulmonar.
Irmãos
Natural de Riacho de Santana, cidade do interior da Bahia, a mãe de Arthur e Heitor, Eliana Ledo Rocha Brandão, veio a Goiânia um mês antes do nascimento dos filhos para que eles tivessem acompanhamento desde o parto, em maio de 2009.
Eles eram unidos pelo tórax, abdômen e bacia, compartilhando o fígado e genitália e foram separados no último dia 24 de fevereiro. Três dias após o procedimento, Arthur Rocha Brandão, morreu, em decorrência de uma parada cardíaca.
Antes da cirurgia, Eliana afirmou que, apesar das restrições físicas, os filhos não possuíam nenhum problema cognitivo. Com personalidades “totalmente diferentes”, os gêmeos sonhavam com a cirurgia, segundo a mãe. "Eles querem se separar, não querem desistir porque sabem que vão ter liberdade, uma independência maior, poder ir sem precisar da permissão do outro", disse a mãe antes do procedimento.
Portal G1/Agências
(Correção: na publicação desta reportagem, o G1 informou que era a primeira vez que Heitor apresentava estado de saúde regular. Porém, o menino já teve quadro clínico semelhante antes, no dia 7 de março. A informação foi corrigida às 19h23)
"O rendimento dele está muito bom por causa da fisioterapia. Ele está fazendo cerca de 12 horas [de sessões] por dia. Tem uma profissional que fica exclusivamente por conta dele. Tá dando uma canseira no garoto", diz ao G1.
O médico revelou ainda que o processo de cicatrização do menino também está em evolução. "Antes, os curativos nos locais das lesões tinham que ser feitos diariamente. Agora esse procedimento ocorre de dois em dois dias", destaca.
Ainda segundo o HMI, o garoto segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica respirando com auxílio de oxigênio inalatório.
Heitor, que estava se alimentando somente por líquidos, também teve sua dieta completamente liberada. Ele segue recebendo os alimentos através de uma sonda, mas o processo está sendo intercalado pela ingestão feita diretamente pela boca.
Visita
Na quinta-feira (19), Heitor recebeu a visita da estudante Larissa Gonçalves, que em 2000 também passou por uma cirurgia de separação da irmã siamesa. A garota, que tem hoje 15 anos, contou como foi a experiência.
“Nós conversamos muito, ele me contou sobre presentes que ganhou, foi muito emocionante. Saber que já passei por aquilo também, e eu sei que não é fácil, mas ele vai conseguir superar”, disse Larissa ao G1. “Acho que ele poder ver uma pessoa que seja igual a ele é muito motivador”, completou.
Larissa e a irmã Lorrayne nasceram em setembro de 1999 em Goiânia. As gêmeas eram unidas pelo abdômen e pela pelve, compartilhando rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. As siamesas foram separadas aos 10 meses de vida, em julho de 2000.Elas foram as primeiras siamesas separadas no estado.
Aos sete anos, em maio de 2007, Lorrayne morreu na casa em morava, em Santo Antônio de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Ela se engasgou com leite e teve embolia pulmonar.
Irmãos
Natural de Riacho de Santana, cidade do interior da Bahia, a mãe de Arthur e Heitor, Eliana Ledo Rocha Brandão, veio a Goiânia um mês antes do nascimento dos filhos para que eles tivessem acompanhamento desde o parto, em maio de 2009.
Eles eram unidos pelo tórax, abdômen e bacia, compartilhando o fígado e genitália e foram separados no último dia 24 de fevereiro. Três dias após o procedimento, Arthur Rocha Brandão, morreu, em decorrência de uma parada cardíaca.
Antes da cirurgia, Eliana afirmou que, apesar das restrições físicas, os filhos não possuíam nenhum problema cognitivo. Com personalidades “totalmente diferentes”, os gêmeos sonhavam com a cirurgia, segundo a mãe. "Eles querem se separar, não querem desistir porque sabem que vão ter liberdade, uma independência maior, poder ir sem precisar da permissão do outro", disse a mãe antes do procedimento.
Portal G1/Agências
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