"Pokémon Go" mobiliza verdadeira caça a personagens em igrejas e cemitérios

Pokémon Go é uma febre mundial, e não poderia ser diferente no Brasil. Uma multidão de jogadores tem feito uma verdadeira peregrinação a igrejas e cemitérios, na busca por capturar os personagens e lutar contra outros usuários.

Igrejas católicas e evangélicas têm sido alvo da visitação dos jogadores, e os responsáveis pelos locais, reticentes, pedem educação e respeito aos mais exaltados.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a Igreja do Carmo, no centro de São Paulo, e a Igreja Pentecostal Deus é Amor, no bairro Cambuci, também na capital paulista, são ginásios do aplicativo, uma espécie de centro de treinamento dos usuários que se tornam mestres e local de batalhas entre os personagens.

“Não costumamos tirar ninguém da igreja. Se a pessoa estiver apenas mexendo no celular, tudo bem. Mas se chamar muito a atenção, temos que intervir para que não atrapalhe as missas ou orações”, comentou Isabel Antunes, 59, auxiliar da sacristia na Igreja do Carmo.

Os administradores de cemitérios como o Araçá e Vila Mariana, por onde estão espalhadas uma grande quantidade de pokestops (locais onde é possível encontrar novos pokémons para capturar ou comprar itens de jogo), preocupam-se com a realização de imagens dos túmulos e também com as visitas à noite.

“É proibido fazer fotos ou vídeos no cemitério, é necessário uma autorização do serviço funerário. Além disso, durante a noite a Guarda Civil Metropolitana faz a segurança do local”, comentou Carlos David, 62 anos, auxiliar de administração do Araçá.

O estudante Felipe Fiorese, 15 anos, vive e estuda próximo ao cemitério da Consolação, e disse que ficou receoso de ir ao local caçar personagens: “Pensei que talvez pudesse ser desrespeitoso com as pessoas que estão rezando pelos seus familiares, mas depois vi muita gente que estava visitando o cemitério como ponto turístico e fiquei mais tranquilo”, justificou.

Já Ariane Iamasaki, 19 anos, estudante, se preocupou com a segurança: “Tive medo das pessoas se aproveitarem para cometer roubos ou outros delitos”, contou, sem dizer no entanto, se havia desistido da caçada.

Gospel+

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