Justiça exige acesso de religiões afro-brasileiras à Vila

O Juiz Sirly Nascimento Filho, da 5ª Vara Civel da Justiça Federal no Rio, concedeu liminar ao advogado e pai de santo Marcos Penna, garantindo o acesso de representantes de religiões afro brasileiras na Vila Olímpica. 

O impasse vinha se arrastando havia algumas semanas, notadamente depois que o Rio 2016 divulgou a relação das cinco religiões que gozariam de espaço no local, a fim de celebrar cerimônias e oferecer atendimento aos atletas.

O Comitê Rio 2016 seguiu dados de pesquisas do Comitê Olímpico Internacional (COI) para definir as cinco religiões escolhidas para ocupar o centro ecumênico - cristianismo,  islamismo, budismo,  judaismo e hinduismo. Ao todo, são 24 capelães voluntários à disposição para lhes dar conselhos ou conforto espiritual.

Penna recebeu nesta terça um contato do padre Leandro Lenin, coordenador do centro ecumênico da Vila, e os dois combinaram a presença do pai de santo, na quinta-feira, na 'casa' dos atletas. No entanto, ele não se dará por satisfeito se o gesto significar apenas uma visita.

"Temos de ter o nosso espaço reservado lá também,  senão vou de novo à Justiça.  Vivemos num país onde o Estado é laico e há entre os 10 mil atletas que estão aqui muitos adeptos do candomblé", disse Penna, em entrevista ao Terra. De todo modo, ele estará na Vila na quinta vestido à caráter.  O padre pediu, no entanto, que o pai de santo só vista a roupa de sacerdote ao entrar na área olímpica.

"Quanto a isso, tudo bem, é de praxe. Sou um ministro de confissão religiosa, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Um sacerdote do candomblé. O que não se pode fazer é excluir uma religião de um evento como esse."


Fonte: Terra

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