Ouvi sobre uma senhora bem velhinha, nova convertida, que foi algumas vezes na igreja da qual participava levando seu cachorrinho. Chegava, sentava e assistia ao culto com o seu cachorrinho no colo. Inconformado, o pastor perguntou o motivo da atitude dela. Foi por causa da sua mensagem. Minha mensagem? Perguntou admirado o pastor.
É, lembra que o senhor ficou dando ênfase naquela frase que diz que tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor? Pois é, meu cachorrinho tem fôlego! Confio na fonte, foi meu professor de Teologia Sistemática que contou e o ocorrido foi no pastorado dele.
Pregamos. E cada um entende o que bem quiser. A velhinha e o cachorro do parágrafo acima ilustram bem a situação. Pela idade super avançada e também como nova convertida, compreendemos a incompreensão dela. Sobre a compreensão ou não do cachorro é melhor nem falar. E quanto às pessoas com juízo perfeito e as faculdades racionais e intelectuais em ótimo funcionamento? E sobre estas, o que dizer?
A incompreensão errada leva gente de forma errada, portanto equivocada, para um modelo superficial de seguir a Cristo. O problema não é se você freqüenta uma igreja, se sabe decor os 10 mandamentos, se domina a moda-gospel-fashion que evangélicos devem usar, se dizima e dá ofertas polpudas, nada disso. E daí? Isso tudo é religião aparente, enfeite, e nada disso altera a salvação.
O problema todo se resume no fato de você praticar ou não aquilo que sabe e professa. A prática autêntica, e não a teoria moralista e estéril, é que revela quem você e eu realmente somos. Afinal, é do coração que saem as fontes da vida. Exatamente por isso a Bíblia manda cuidar muito bem do coração, permitir nele a mistura de águas doces e amargas não vai prestar. Então, é melhor cuidar.
O corpo de Cristo geme por membros sinceros, fiéis, saudáveis. A dupla vida um dia termina sendo desmascarada. A igreja que se freqüenta até dá para enganar por um tempo, porém o templo onde o Espírito habita, o nosso coração, não dá. Aí, no coração, somos quem de fato somos, apenas aguardando o veredicto final.
Paz!
Por Edmilson Mendes
Guiame
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