A semente morreu.

Quando criança sonhava ser motorista de ônibus, este sonho morreu. Ainda solteiro e sem carro, sonhava em ter um Del Rey, aquele carro da Ford, o sonho morreu. Sonhei outros sonhos, alguns sobreviveram, outros morreram. A vida real é assim, e ai de mim se não aprender a sofrê-la nos dissabores e vivê-la nos sabores.

Jesus, o incomparável leitor da alma humana, em João 12.24, disse certa vez: A menos que uma semente de trigo caia sobre o solo e morra, permanecerá apenas uma única semente…mas se morrer, produzirá muitas.

Pense em seu sonho como uma semente, ele também pode morrer. As vezes, deve morrer. Planos, esperanças, projetos, visões, tudo pode ser rapidamente destruído pelos vendavais imprevistos que chegam sem avisar. Talvez até avisando, porém descuidados, desarmados ou ingênuos não notamos e nem percebemos os estragos que estão a caminho.

Corações que noutro tempo riram sonoramente, hoje choram e sangram na terra seca e fria. É assim que é. Decepções não marcam hora, não exigem traje, não definem lugar, não escolhem pessoas, apenas acontecem sem avisar. Tudo violento, bruto, injusto. Arrasando e machucando, destruindo e fazendo morrer os sonhos que se sonhou.

Jesus falava dele mesmo. Pouco antes falou da sua glorificação, e esta, para ser real, primeiro enfrentaria o ato de morrer. Mas Jesus é e sempre foi generoso. Suas palavras sempre serão mais fortes e fantásticas se acompanhadas de boa interpretação. Mas não exercito aqui a tentativa de boa interpretação. Quando falo em generosidade de Jesus, me refiro as muitas aplicações que uma mesma fala nos presenteia.
 
A semente de trigo ilustrava a morte dEle, mas também gosto de aplicar ali os meus sonhos que precisaram morrer. E morreram.Em Jesus, o melhor, como de costume, vem no final. John Marks, sobre este pequeno versículo, faz uma observação que devolve as esperanças para os meus sonhos que morreram, ele diz: É importante que aprendamos a lição que Jesus nos ensinou. Sempre que perdemos alguma coisa, de algum modo, ganhamos outra.

Ou seja, mesmo perdendo, com Cristo, a perda se tornará em ganho. A tragédia se tornará em glória. O drama fica por conta da nossa limitada visão que só vê o aqui e o agora que nos cercam e formam o cenário presente. Não entendemos como as coisas se desenrolarão. Na verdade, não precisamos entender, precisamos apenas viver a fé. Uma fé que crê na invisível ação do Soberano Deus, uma fé que nEle espera porque sabe que Ele sabe o que está fazendo. A semente morreu, e é bom que seja assim. Esperemos.

Paz!

Por Edmilson Mendes
Guiame

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