Kori Doty segurando seu bebê, Searyl Atli. (Foto: Reprodução/YouTube/Rebecca Poulin)
Um bebê de apenas oito meses será o primeiro no mundo a receber um documento oficial emitido sem a identificação de gênero.
Um bebê canadense de apenas oito meses será o primeiro no mundo a receber um documento oficial emitido sem a identificação de seu gênero.
O pedido veio de seu progenitor, o transgênero Kori Doty, que deseja que o filho descubra por conta própria seu gênero quando for mais velho.
O cartão de saúde da criança, Searyl Atli, foi emitido pela província de Colúmbia Britânica com a letra "U" no espaço reservado para "sexo", o que pode ser interpretado em inglês como undetermined (indeterminado) ou unassigned (não atribuído).
Kori também solicitou a omissão do gênero da criança na certidão de nascimento, mas até o momento o pedido foi negado pelas autoridades de Colúmbia Britânica. Por isso, o transgênero moveu uma ação contra órgão responsável pela emissão de registros civis na província, a Agência de Estatísticas Vitais.
Searyl nasceu em novembro passado na casa de um amigo de Kori, que pretendia evitar que o gênero da criança fosse “determinado” pelos médicos. O transgênero argumenta que uma “inspeção visual” na hora do parto não pode determinar o sexo atribuído a alguém ao longo da vida.
“Quando nasci, médicos olharam para meus genitais e fizeram suposições sobre quem eu seria, e essas suposições me perseguiram ao longo da vida. Essas suposições estavam erradas, e eu acabei tendo que fazer vários ajustes desde então. Não quero fazer o mesmo agora”, afirma.
Distorção
O mesmo argumento é sustentado pela advogada da família, Barbara Findlay, que critica o fato dos médicos designarem o gênero da criança ao abrir as pernas e olhar “para os genitais de um bebê”. “Nós sabemos que a identidade de gênero do bebê só será desenvolvida alguns anos após o nascimento”, disse ao site Global News.
Kori não se refere à criança por “ele” ou “ela”, mas sim por “they” — pronome em inglês que se refere a pessoas e objetos no plural e que não tem gênero. O transgênero é uma das oito pessoas envolvidas em uma ação judicial que pede a omissão do gênero em documentos emitidos em todo o Canadá.
O pastor americano Franklin Graham considerou absurda a inédita decisão do governo canadense de emitir um documento sem a identificação do gênero da criança. “Isso é um disparate”, ele considerou em uma publicação feita nesta quarta-feira (5) no Facebook.
“O pai (Kori) disse: ‘Eu quero que o meu filho tenha espaço para ser a pessoa mais completa e completa que possa ser’. A verdade é que há apenas uma maneira de uma pessoa ser verdadeiramente completa, que é confiando em Jesus Cristo, o filho de Deus, como Senhor e Salvador”, afirmou o pastor.
“A Bíblia diz que podemos ser ‘completos nele’”, Graham acrescentou. “Ele preenche o vazio em nossos corações e pode nos dar a ‘paz de Deus, que excede todo o entendimento’”.
Guiame
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