Bombardeio ocorreu em 16 de março na cidade de Sarmin, no Noroeste do país
BRUXELAS — Membros do Conselho de Segurança da ONU caíram em lágrimas depois de assistirem a um vídeo de um aparente ataque com gás cloro no Noroeste da Síria no mês passado. As imagens mostram as tentativas frustradas de médicos para reanimarem três crianças — todas com menos de quatro anos.
O bombardeio ocorreu em 16 de março na cidade síria de Sarmin, na província de Idlib. Os pais e avó das crianças também foram mortos durante a investida, segundo o médico Mohamed Tennari, diretor do hospital para onde a família foi levada.
A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Samantha Power, afirmou que é necessário descobrir quem são os responsáveis pelo ataque, mas observou que tudo indica que foi perpetrado por helicópteros e “só o regime de (Bashar) Assad tem helicópteros”.
Na quinta-feira, os Estados Unidos organizaram um encontro informal com médicos sírios no qual, além de Tennari, estavam presentes o presidente da Sociedade Americana de Medicina na Síria, Zaher Sahloul, e um sobrevivente de um ataque com gás cloro perto de Damasco, em agosto de 2013.
— Os responsáveis por estes ataques devem responder — afirmou a embaixadora americana, acrescentando que o encontro foi muito emotivo. — Se houve alguém que não chorou na sala, eu não vi.
Zaher Sahloul disse que os delegados da ONU ficaram impactados com o que viram.
— Alguns deles estavam chorando. É evidente que eles foram afetados por aquilo que viram nos vídeos e o que ouviram — relatou.
O embaixador da Nova Zelândia na ONU, Jim McLay, cobrou ação:
— Se não agirmos, pensarão que se pode fazer essas coisas com a impunidade — disse.
O ataque contra Sarmin ocorreu dez dias após o Conselho de Segurança da ONU condenar o uso de gás cloro na Síria. Tanto o governo de Assad como a oposição síria negam haver usado este tipo de arma química.
OGlobo/Agencias Internacionais
Nenhum comentário:
Postar um comentário