Partido dos Trabalhadores pode falir ou acabar após descobertas da Operação Lava Jato, diz jornal

O Partido dos Trabalhadores (PT) destacou na semana passada que não aceitará mais recursos de doações empresariais. Mas pode ser tarde demais para isso. 

É o que aponta reportagem publicada nesta segunda-feira (20) pelo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, a cúpula do partido da presidente Dilma Rousseff está com medo.

O primeiro temor passa pelo que as investigações da Operação Lava Jato possam trazer a público nos próximos meses. Já há um indicativo do Ministério Público Federal (MPF) de que todos os envolvidos – incluindo partidos políticos – terão de ressarcir os cofres públicos, tão logo sejam confirmadas práticas de corrupção e desvio de recursos.

Os apontamentos do delator Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, de que o agora ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, preso na semana passada, apontam para um montante de até US$ 200 milhões recebidos pela sigla, entre 2003 e 2013. 

Segundo a Folha, uma multa desse tamanho, caso aplicada ao PT,quebraria o partido, que não teria como pagá-la.

Outro medo que já atinge os caciques do PT, de acordo com a Folha, é de que o partido possa até ter o seu registro cassado, caso condenado pela Justiça. 

O pacote anticorrupção apresentado pelo MPF em março tem essa medida prevista em casos de desvio de dinheiro público. Por ora, o pacote ainda precisa ser analisado e aprovado pelo Congresso Nacional.

TCU é outra dor de cabeça do partido

As conclusões do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a ‘pedalada fiscal’ que teria sido cometida por Dilma nas contas públicas no ano passado também continua dando dor de cabeça ao governo federal e ao PT.

Segundo a coluna Painel, da Folha, os R$ 2,3 trilhões não contabilizados em passivos da Previdência em 2014 são “graves” e aumentam o risco das contas da presidente serem rejeitadas.

Ainda de acordo com a coluna, há uma chance do TCU considerar Dilma responsável em pelo menos um dos 40 processos que envolvem os atos administrativos daPetrobras, os quais estão sob análise do tribunal.

Para a oposição, qualquer posição do TCU que aponte para um crime de responsabilidade de Dilma poderia ser o estopim para um pedido de impeachmentcontra a petista, desta vez com elementos reais que pudessem prosperar na Câmara dos Deputados. 

No fim de semana, o presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse não ver a ‘pedalada fiscal’ como argumento suficiente para um impeachment de Dilma.

Até mesmo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) discordou de nomes do seu partido, como os senadores Aécio Neves e Cássio Cunha Lima, quanto a um pedido de impeachment que os tucanos possam fazer neste momento. 

Para FHC, por enquanto tudo não passa de tese, com poucas chances de prosperar.

Brasil Post

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