Teresinha Neves: “Liberdade acaba virando libertinagem”

A partir do momento que o porte não é
mais crime perde-se o controle
O PLS 236/12 é o projeto que discute a permissão de porte e produção de maconha para o consumo.

O assunto tem repercutido na mídia e dividido opiniões. Teresinha Neves, profissional do Direito e da Ciência Política, fala da brecha que existe na norma para que se tome uma decisão por interpretação, já que a quantidade liberada para o plantio é limitada.

"Um tema desse tem que ser muito bem legislado. A partir do momento que o porte não é mais crime perde-se o controle", diz ela.

Teresinha levanta a bandeira pelo plebiscito e pela democracia participativa, na qual todos têm voz ativa e direito de expor seu ponto de vista, mas lamenta saber que isso não acontece.

"Você ouve quem lhe convém, quem vai apoiar o teu projeto e a tese que você defende. As famílias são as que menos interessam. Quando eu digo que sou contra essa liberação, eu falo em favor da família", declara.

Ela, que também é casada e tem filhos, lembra que quando uma mãe quer ensinar algo ao filho ela o coloca no banquinho para pensar. "Quando você descriminaliza o porte e o plantio da maconha, você deixa de colocar o usuário no banquinho para pensar que tem coisas melhores a serem feitas. Liberdade acaba virando libertinagem. É um risco para a sociedade, para o Brasil e o para o mundo", completa.

Outro ponto citado por Teresinha como um risco é que o projeto de lei não leva em consideração os atos de um usuário sob efeito da droga e que a liberdade do usuário pode ser o fim da liberdade de outras pessoas.

“Há uma luta para defender o usuário, mas não há uma luta para defender quem sofre os reflexos da ação do usuário”, lamenta.

Por Juliana Simioni
Guiame

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