A publicação começou a retratar Maomé em 2006 e desde então sofre ameaças
O atentado contra a redação da revista de humor francesa “Charlie Hebdo” foi o assunto mais comentado nos últimos dias, acontece que a publicação vinha sendo ameaçada desde 2006, quando começou a representar o profeta Maomé em suas edições.
Mas engana-se quem pensa que apenas o profeta muçulmano era personagem das charges satíricas, de gosto duvidoso, produzidas pela revista semanal. Jesus Cristo, os papas Bento XVI e Francisco, cardeais do Vaticano, o atual presidente francês François Hollande e ativistas do Fêmen já foram retratados na revista.
Na religião islâmica é proibido retratar o profeta Maomé, essa proibição não está no Corão, porém para os fiéis qualquer representação pode ser considerada uma ofensa ao profeta e nos casos das charges da publicação francesa os muçulmanos realmente se sentiam ofendidos.
O cartunista Stéphane Charbonnier, editor da Charlie Hebdo, uma das vítimas fatais do ataque do dia 7 de janeiro, assinou a charge que ilustra uma das últimas publicações da revista ironizando a falta de ações terroristas na França.
O desenho trazia o título “Ainda não houve ataques na França” mostrando um militante islâmico dizendo: “Espere! Ainda temos até o fim de janeiro para apresentar nossos votos”, se referindo aos planos para o Ano Novo.
No ano passado hackers invadiram o site da revista depois da publicação de um suplemento especial que trazia a biografia de Maomé. Dois volumes foram lançados, sendo o primeiro mostrando a vida de Maomé e o segundo falando sobre a criação da religião islâmica.
Com informações G1.
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