Um grupo de jihadistas sequestrou 20 cristãos egípcios na Líbia nos últimos dias, anunciou neste sábado uma fonte ligada ao governo.
O funcionário responsabilizou o grupo Ansar al-Sharia pelo sequestro de 13 pessoas hoje em Sirte, no litoral. A identidade dos reféns não foi revelada, mas sabe-se que são cristãos coptas.
Dezenas de milhares de egípcios trabalham na Líbia, principalmente nos setores de construção e artesanato. Nos últimos anos, foram registrados vários assassinatos destes imigrantes.
Sirte, localizada 500km ao leste de Trípoli, é dominada por grupos jihadistas, entre eles a organização Ansar al-Sharia, catalogada no mês passado como terrorista pelo Conselho de Segurança da ONU por seus vínculos com a Al-Qaeda e por gerenciar campos de treinamento para o Estado Islâmico (EI).
Desde a queda do regime de Muamar Khadafi, em 2011, a minoria cristã da Líbia expressa preocupação com os movimentos extremistas, principalmente com o auge das milícias armadas, que impõem sua própria lei, ante a ausência de controle do Estado.
Grupos jihadistas tomaram o controle da capital, Trípoli, e da segunda maior cidade do país, Benghazi, e tentam estender sua influência ao restante do país, enfrentando o governo líbio, reconhecido pela comunidade internacional, mas relegado ao leste do país.
Uma fonte ligada ao governo anunciou hoje que 15 soldados morreram em um ataque de um grupo de combatentes jihadistas contra uma posição do Exército na localidade de Soknah, a 180km de Trípoli.
Segundo o funcionário, alguns soldados foram mortos a tiros, e outros, decapitados pelos combatentes, que disseram ter ligação com o EI.
Está previsto para a próxima segunda-feira o início de uma nova rodada das negociações promovidas pela ONU para pôr fim aos combates no país.
Os principais pontos do diálogo são "um cessar-fogo e a retirada das milícias", e o desarmamento das partes, disse em dezembro um funcionário da ONU.
O parlamento líbio, legitimado pela comunidade internacional, avisou que não participará das negociações se o Congresso não reconhecido com sede em Trípoli comparecer.
ONU e União Europeia condenaram a violência no país, e a ONG Anistia Internacional acusou várias partes envolvidas de crimes de guerra.
Informações Agencia AFP
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